postado em 23/09/2014 20:20
Dois casos de febre chikungunya foram registrados este ano do Distrito Federal, de acordo com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF). Recentemente, municípios como Feira de Santana (BA) também registraram um aumento na incidência da doença. De acordo com a pasta, no entanto, os casos registrados no DF - ambos em junho - foram, possivelmente, contraídos fora do país, já que os pacientes teriam feito viagens recentes ao Haiti e República Dominicana. Os dois foram tratados na rede pública e liberados no mesmo dia, sem risco de morte.A SES também esclareceu que não há motivo para pânico por parte da população e que não há registros de contágio da doença no DF. O órgão ressaltou, ainda, que dispõe de especialistas para fazer o tratamento da patologia e que as medidas de prevenção são as mesmas já realizadas no combate à dengue, onde são feitas, dentre outras ações, vistorias nas residências de todas as regiões administrativas.
O Ministério da Saúde informa que foram confirmados 16 casos da febre chikungunya no país, contraída dentro do território - os pacientes não fizeram viagens para países onde há transmissão. Dois casos ocorreram no Oiapoque (AP) e 14 em Feira de Santana. Outros casos suspeitos estão sendo investigados. O Ministério da Saúde também registrou, neste ano, 37 casos da enfermidade em pessoas que viajaram para países com transmissão da doença.
Doença
A febre chikungunya é causada por um vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e Aedes Albopictus. Os principais sintomas são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema. O ciclo da doença costuma durar de três a 10 dias. O risco de morte, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, é raro e menos frequente que nos casos de dengue. O tratamento é feito com analgésico (paracetamol), hidratação adequada e repouso. A medida básica de prevenção contra a febre chikungunya é o combate aos mosquitos transmissores.