postado em 28/09/2014 08:01
O interesse de treineiros em fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem crescido nos últimos anos por uma razão principal: a consolidação da prova como forma de ingresso às universidades federais. Não é à toa que 1.446.032 pessoas farão o exame em 2014 na modalidade. Elas correspondem a 16,5% dos mais de 8,7 milhões de inscritos, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Cada vez mais, a busca por treinamento para que o estudante identifique e corrija os erros antes do momento oficial faz com que alunos se preparem para a prova antes mesmo de concluírem o ensino médio. Para os treineiros, a intimidade que se cria com o estilo das questões, o tempo de prova e a estrutura da redação podem ser fundamentais no grande dia.
O professor do Instituto de Letras da Universidade de Brasília (IL/UnB) Tiago Pires acredita que a prática do exame, que coloca o aluno na perspectiva competitiva ao lado de outros candidatos com interesses em comum, é positiva. Segundo ele, a prova prepara o aluno em diversos níveis. ;Não adianta estudar apenas duas horas diárias se o teste é extensivo. Ao mesmo tempo, dedicar-se excessivamente pode prejudicar o aproveitamento do treineiro;, diz.
Rafael Riemma, professor de português do Colégio Galois, acredita que os treineiros obtêm um diagnóstico acadêmico por meio do exame. ;A partir do desempenho na prova, você consegue identificar falhas e até alguns acertos, nos casos de chute. Assim, o aluno se dá conta do conteúdo em que tem deficiência. Tanto as questões marcadas corretamente por meio de chute quanto as equivocadas merecem atenção.; Aos candidatos de primeira viagem, o mestre dá algumas dicas: ;O aluno precisa se atentar aos procedimentos de aplicação da avaliação, ao preenchimento do cartão de respostas e até à melhor forma de passar a limpo o rascunho da redação;.
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