Acordar cedo e sair de casa apressado para vender notícias fresquinhas aos clientes da banca de jornais e revistas. Essa é a rotina de um profissional presente em todos os bairros da cidade, sempre muito conhecido por muita gente. O jornaleiro tem uma função tão importante que merece até um dia para ser comemorado: 30 de setembro. Como forma de homenagear esses trabalhadores que são responsáveis por levar informação e entretenimento à casa dos cidadãos diariamente, o Correio preparou uma série de reportagens que serão publicadas de hoje a terça-feira.
O brasiliense Sérgio Ribeiro da Silva, 43 anos, faz parte da categoria há mais de 20 anos. Desde 2011, é proprietário da Banca Modelo, em Ceilândia. Ele começou a exercer a profissão ainda adolescente. ;Perdi minha mãe quando eu tinha apenas 13 anos e isso me fez procurar por emprego muito cedo;. Sérgio conta que, à época, começou a trabalhar em uma rede de supermercados da região. Logo em frente, funcionava um ponto de venda. ;Eu passava por lá todos os dias a fim de comprar figurinhas para o álbum de futebol. Conheci o dono, o senhor Washington, que me chamou para trabalhar com ele. Como eu fazia meio período no supermercado, aceitei;, relembra.
No começo, Sérgio trabalhava no local de favor. Ajudava o dono a vender jornais e revistas em troca de um local para dormir. ;Quando comecei a ajudar no estabelecimento, achava que o serviço era simples. Depois de um tempo e me relacionando com os clientes, aprendi a gostar do trabalho. Hoje, não me vejo fazendo outra coisa. Com a morte do senhor Washigton, há três anos, resolvi abrir minha própria banca;, disse. Sérgio é casado e tem dois filhos: a enteada de 19 e um menino de 10. ;A renda da banca, com a da minha esposa, faz com que levemos uma vida direita. Embora a rotina seja desgastante, é impossível não amar a profissão. Gosto muito do que faço;, afirma Sérgio.
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