O assassinato do estudante Victor Barbosa Gaze Sobral, 21 anos, provocou comoção entre amigos e familiares e foi um dos principais temas abordados pelos candidatos ao governo do Distrito Federal ontem. O estudante, que era sobrinho-bisneto de Jofran Frejat (PR), foi atingido por um tiro, na porta de uma festa universitária, no Setor de Clubes Esportivos Sul, na última sexta-feira. Ele e a namorada conversavam na calçada quando suspeitos passaram, em um veículo, e dispararam contra um grupo de 50 pessoas. Victor morreu no local, e duas vítimas foram atingidas e levadas a hospitais.
O crime ocorreu por volta das 22h, no Espaço Orla, próximo ao Clube de Engenharia e ao shopping Pier 21. O rapaz e a namorada estavam sentados no meio-fio e decidiam se entrariam na Calourada do DCE UniCeub quando os tiros foram disparados de dentro de um Fiat Uno prata. Um prójetil de pistola calibre .380mm, de uso permitido a civis, perfurou o tórax, atingiu o pulmão e o coração de Victor e provocou uma hemorragia interna. Outros dois rapazes, cujas identidades não foram divulgadas, se feriram, um na coxa e outro na cabeça, de raspão. No momento dos tiros, houve correria e muitas pessoas se jogaram no chão de acordo com o vendedor de cachorro-quente Bernardo Gomes, 53 anos. ;Não vi o carro, só a movimentação. Estava muito cheio e as pessoas começaram a correr, assustadas, se jogando nas mesas. Nunca tinha visto algo assim, porque a galera que vem nessas festas é muito do bem;, disse. Na confusão, testemunhas anotaram a placa do veículo.
[SAIBAMAIS]Uma das hipóteses é de que Victor tenha sido atingido acidentalmente durante um acerto de contas entre criminosos que estavam no local, de acordo com o tio-avô do jovem, o advogado Themóstecles Rocha, 75 anos. ;O que soubemos é que um bandido estava à procura de um desafeto na festa e passou atirando. Parece que tanto o alvo quanto o autor são do Guará. O desafeto chegou a ir para o hospital, mas fugiu de lá;, afirmou.
A 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul), que investiga o caso, não confirmou se há suspeito identificado nem qual a motivação para o crime. O delegado de plantão da unidade afirmou que agentes da Polícia Civil passaram parte do dia na rua, ontem, apurando o caso. ;Os homens foram a campo atrás de mais informações para elucidar o caso. A investigação corre em sigilo. Assim que chegarmos aos culpados, revelaremos quem eles são;, disse. Ele, porém, não é o responsável pelo caso. ;A doutura Mabel de Farias, delegada-chefe da 1; DP, que está à frente das investigações;, explicou.
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