Cidades

Bancas de jornal são ponto de convivência entre proprietários e clientes

As bancas de jornal são muito mais do que locais de venda de impresso. A convivência entre proprietários e clientes, com o tempo, vai construindo uma relação de afeição entre as pessoas. As histórias, ali contadas, dariam uma boa publicação

Nathália Cardim
postado em 29/09/2014 06:09
Wilmar Santos e o jornaleiro Washington Vicenti se tornaram amigos. O encontro entre eles é diário:

Em tempos de internet deslocar-se até uma banca de jornal e revistas pode ser antiquado para alguns. Para clientes como Wilmar Jorge Santos, 63 anos, o hábito é indispensável no dia a dia. Ele é um dos frequentadores assíduos da Vera Sul, o tradicional ponto de vendas da 705 Norte. Lá, ele não tem apenas um vendedor. O comerciário tem como amigo o dono do estabelecimento, Washington Vicenti, 41. O jornaleiro há 25 anos convive com a comunidade e se orgulha de ter visto muita gente dali crescer na vida. ;É uma honra ver as pessoas evoluindo e acompanhar a história delas. Eu fico feliz por todos eles;, comenta Washington.

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A banca virou um ponto de encontro da comunidade. De segunda a sábado, o movimento não para. Sempre tem alguém por ali. Logo cedo, Wilmar chega e pega o jornal para acompanhar as notícias do dia. ;Gosto de vir aqui, conversar com as pessoas e discutir os assuntos com os amigos. A gente se sente bem acolhido. O atendimento é prioritário, nunca tive problemas;, conta o comerciário. Wilmar chega ao estabelecimento às 8h, mas, bem antes disso, o jornaleiro Washington inicia a rotina. Ele é morador de Ceilândia e sai bem cedo de casa para abrir o ponto de venda no Plano Piloto. ;É assim todos os dias. Tenho hora para entrar, mas não para sair. Porém, gosto do que faço. Nessa banca eu construí minha história. Conheci minha esposa e formei minha família;, lembra.

A convivência com a comunidade rendeu muitas amizades para o jornaleiro. ;Posso dizer que quase 100% dos clientes são meus amigos;, ressalta Washington. A declaração é confirmada por Wilmar. ;Frequento, aqui, há 18 anos. Hoje, o dono é um amigo e parceiro. Se preciso dele, ele está pronto para me ajudar;.

Antes de seguir para curtir o fim de semana na chácara, Sandra Koenickan, 70 anos, tem o costume de passar na Banca Nina, na Quadra 304 do Sudoeste. Ao entrar no local, a advogada já é bem recebida pela jornaleira Ieda das Graças de Sousa, 49. Desde fevereiro no ponto comercial, Ieda sabe os hábitos de leitura da cliente fiel. Ao chegar ao estabelecimento, Sandra tem as dicas de revistas da semana. ;O tratamento aqui é diferenciado. Ela é bem simpática e atenciosa. Isso chamou muita a atenção, já virou roteiro para mim;, conta a advogada.

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