postado em 06/10/2014 06:32
Em vez de silêncio, violão e cantoria. O quadro e as carteiras não deixam enganar: o ambiente é uma sala de aula. É justamente o professor quem comanda a brincadeira. Cada vez mais, os docentes procuram tornar a escola ou o cursinho um local mais divertido, com músicas, vídeos e dinâmicas. De quebra, o processo ainda pode ajudar na memorização, dizem especialistas (leia Três perguntas para). ;Esse tipo de proposta é interessante para o propósito que ela tem, que é memorizar coisas para uma prova. É algo que ativa a memória de curto prazo. Se houver repetição, essa informação pode passar para a memória de longo prazo;, diz a psicopedagoga Mariângela Amazonas.
Desde que começou a lecionar, há 15 anos, o professor de inglês André ;Goofy; Dias, 32, utiliza os meios para cativar os alunos. O apelido, nome em inglês para o personagem Pateta, da Disney, veio da adolescência. ;André é um nome comum, já tinha alguns no meu grupo. Sempre fui muito extrovertido e gostava do personagem. Por isso, veio o apelido, que eu levei para a minha vida profissional, para me diferenciar;, diz ele, que trabalha no Grupo Impacto. ;Acho que esse tipo de recurso torna a aula mais atraente. Matérias como matemática impõem respeito, então, precisamos fazer coisas diferentes para manter a atenção dos alunos. Procuro trabalhar com músicas pop, que eles gostam, faço análise das letras, abordo um pouco de tradução e vocabulário. Também crio algumas músicas e canto com eles;, diz.
Aluna de Goofy, Yasmin Ibrahim, 15 anos, vai fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano como treineira. ;Essa é a aula que a gente mais gosta na sexta-feira, até evito faltar. É muito mais fácil prestar atenção desse jeito;, conta.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, .