Cidades

Palestras do Retrato Brasília debatem temas como design, moda e arquitetura

O croata Marko Brajovic foi um dos destaques do evento nesta segunda-feira

postado em 07/10/2014 06:00
O croata Marko Brajovic foi um dos destaques do evento nesta segunda-feira
A noite de segunda-feira foi reservada para a arte brasiliense no teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). O local recebeu a segunda edição do projeto Retrato Brasília, iniciativa que busca mapear e incentivar a troca de experiências em quatro grandes eixos: arte, design, empreendedorismo e cultura urbana. Em um formato despojado, os curadores Jackson Araújo e Luca Predabon apresentaram cases nas áreas de moda e design inovador e convidaram ao palco articuladores das áreas.

[SAIBAMAIS]Um deles foi a estilista brasiliense Fernanda Ferrugem, que falou sobre a importância da moda que recicla e da consciência dos novos consumidores. ;É importante que as pessoas comprem de quem faz. Isso valoriza o trabalho artesanal e fortalece um mercado;, analisou. O artesanato também se tornou tema abordado por Nina Coimbra, artista plástica que reforma móveis antigos da cidade sem, no entanto, buscar voltar ao estado original da peça.



;A falta de indústria na cidade se reflete nesse caráter artesanal da produção, e é interessante que seja assim;, destacou Nina. Outras iniciativas ligadas ao design sustentável foram apresentadas, como a loja itinerante proposta pela estilista Layana Thomaz. ;Brasília é um centro cultural único. Tem gente que acha que retrocedi saindo do eixo São Paulo ; Rio de Janeiro para voltar pra cá, mas sinto que minha arte se beneficiou muito daqui;, conta.

O nome mais aguardado da noite, no entanto, foi o do arquiteto e design de móveis croata Marko Brajovic, reconhecido por projetos que ligam as duas áreas em que trabalha com as questões da natureza. Marko apresentou ao público brasiliense um projeto em estudo para a cidade de São Paulo, onde reside. Trata-se de um templo de meditação feito inteiramente de bambu. Detalhe: a ideia não é usar a planta como um material, mas orientar o crescimento do vegetal, com o uso de barbantes e de estacas, para que cresça no formato desejado. ;Eu acredito que a nossa grande metáfora do século 21 é a da natureza. A visão do século passado era essencialmente mecânica, e agora passa a ser orgânica;, explicou o arquiteto.

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