postado em 08/10/2014 11:59
Permanece o impasse entre rodoviários da São José, que opera em Ceilândia, Brazlândia e Taguatinga Norte. Nesta quarta-feira (8/10), a empresa considerou que a greve é injusta, uma vez que as medidas tomadas estão previstas em lei e foram previamente comunicadas à categoria. Desde segunda-feira (6/10), os trabalhadores paralisam as atividades em razão dos descontos do INSS e demais impostos no abono salarial. O pagamento apenas parcial das horas-extras devidas também está na pauta de reivindicações.[SAIBAMAIS]A companhia, no entanto, afirma que os débitos no abono estão previstos em lei. Uma vez que o acordo coletivo ainda não havia sido assinado ; em que estava previsto aumento salarial de 20% ; o reajuste referente a quatro meses foi pago a título de abono compensado. Dessa forma, no mês seguinte à assinatura, os impostos devido, como INSS, pensão alimentícia e taxa de contribuição sindical, foram debitadas.
"Nós não poderíamos descontar antes, porque o abono é pago integralmente e, como o acordo coletivo ainda não havia sido pago, não poderíamos incorporar o aumento de 20% ao salário. A medida administrativa que encontramos foi pagar o aumento em forma de abono e descontarmos posteriormente", afirmou o advogado da empresa São José, Carlos Leão. Segundo ele, a categoria estava ciente do procedimento. "Nós conversamos com os trabalhadores e informamos a situação por meio de material de divulgação interna", afirma.
O dissídio coletivo foi protocolado, na terça-feira (7/10), pela São José, e a audiência de conciliação está marcada para quinta-feira (9/10), às 14h30, no Tribunal Regional do Trabalho da 10; Região. Nesta manhã, dois ônibus foram incendiados na garagem da companhia, no Recanto das Emas.