Cidades

Após 30 anos, dona de casa localiza pais e irmãos no interior de Goiás

Com a iniciativa de uma amiga, dona de casa moradora do Entorno consegue conversar com o pai ao telefone e saber o destino da mãe e dos irmãos, após três décadas de separação e nenhum contato

postado em 10/10/2014 06:01

Alice Ribeiro viu os familiares pela última vez quando veio para Brasília, à procura de emprego, aos 17 anos

Quando ela se olha no espelho, enxerga a herança do pai. Os traços dele estão lá, no rosto da dona de casa Alice Cardoso Ribeiro, embora meio embaçados com o passar dos anos e imprecisos pelas falhas da memória. Há três décadas, a mulher de 47 anos, casada, com quatro filhos e quatro netos não vê o pai, assim como a mãe e os seis irmãos com quem conviveu em Minaçu, cidade goiana a cerca de 400km de Brasília. Moradora de Águas Lindas (GO), no Entorno, ela se mudou para o Distrito Federal aos 17 anos, após receber uma proposta de trabalho. Desde então, perdeu contato com os familiares. Ontem, porém, um telefonema mudou o rumo dessa história. Do outro lado da linha, o pai chorava de felicidade por conseguir, depois de tanto tempo, ouvir a voz da filha.

A troca de palavras só foi possível graças a uma amiga de Alice, a comerciante Maria Madalena Borges, 43 anos, que dias antes contatou um cartório de Minaçu em busca de notícias de parentes da dona de casa. ;A Alice trabalhou comigo por cinco anos e depois se mudou, mas nunca perdemos contato. Recentemente, fiz uma cirurgia e ela veio para Samambaia me ajudar. Ela sempre comentou sobre a falta de contato com os familiares. Dizia que morreria sem ter notícias deles e até que imaginava não estarem vivos;, contou Maria Madalena, ou Madá, como é chamada por amigos.

Após buscas malsucedidas na internet, Madá decidiu telefonar para o cartório de Minaçu. ;Eles me direcionaram para a prefeitura e, lá, fiz contato com o Departamento de Assistência Social, onde uma pessoa se prontificou a nos ajudar. Como a cidade é pequena, poderia ser mais fácil. Mas não pensei que seria tão rápido. Hoje (ontem), o telefone tocou e era o pai da Alice. Corri para chamá-la para atender a ligação;, relatou Madá.

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