Cidades

Desfile contra o câncer mostra que a autoestima é essencial para a cura

Iniciativa coloca mulheres que receberam o diagnóstico de nódulo nas mamas ao lado de modelos profissionais e misses do Distrito Federal. Evento também tinha como objetivo esclarecer sobre a doença

postado em 17/10/2014 07:00
Quem vê essas mulheres tão seguras e sorridentes desfilando pela passarela, nem imagina que elas foram diagnosticadas com câncer de mama um dia. E, de fato, venceram a doença. Ontem, 10 mulheres, com trajetórias distintas, mas que poderiam ter um mesmo destino, foram modelos no Desfile Rosa, promovido pelo Taguatinga Shopping, em homenagem ao Outubro Rosa ; campanha mundial em prol da prevenção e do esclarecimento das mulheres quanto à doença. Mais de 200 pessoas acompanharam o evento, promovido na Praça de Vidro, no 3; piso. O desfile contou ainda com a presença de misses do Distrito Federal e convidadas. As coleções apresentadas pertenciam às lojas do shopping, e cada combinação trouxe um detalhe na cor símbolo do mês e da luta.

Cerca de 200 pessoas estiveram presentes para ver os desfiles e saber mais sobre o câncer de mama. As participantes recebem aplausos do público: histórias de autoestima e vitória contra a doença

Entre aplausos e lágrimas, as participantes foram recebidas pelo público. Uma delas foi a aposentada Aridete Lima de Freitas, 63 anos, que, embora tenha vencido o câncer de mama, ainda luta contra linfonódulos no intestino e no fígado. O primeiro diagnóstico foi recebido há 19 anos, depois de fazer o autoexame e verificar um nódulo no seio. O choque, contudo, não foi o bastante para abalar o marido, a quem ela descreve como maior apoiador na luta. ;Eu fiz a mastectomia total, mas, diferentemente do que ocorreu com muitas amigas minhas, que os maridos as deixaram, o meu ficou ao meu lado. Isso foi suficiente para eu continuar com uma boa autoestima;, argumentou. Depois de sete anos, ela ainda precisou passar por quimioterapia, em função de um nódulo o pulmão. ;Eu mantenho o tratamento, mas também a cabeça erguida. Prova disso é que estou aqui hoje;, exclamou.



A história do apoio familiar se repete a cada discurso das presentes. Foi assim com a dona de casa Maria da Conceição Gonzaga, 57 anos. Para ela, o apoio dos parentes na luta contra o câncer de mama foi igualmente fundamental não só para que ela vencesse a doença, como a depressão. ;O tratamento é doloroso, mas se tornou importante para que eu voltasse a minha atenção para a minha saúde, que estava precisando; , discursa. Em 2011, ela fez a mastectomia e hoje está curada. Por isso, quer ser exemplo para outras mulheres em início de diagnóstico. ;Essa é mais uma vitória e quero mostrar às pessoas que é possível superar;, ponderou.

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