Cidades

Tensão na medida certa pode ser uma aliada para realizar o Enem

Especialistas afirmam que cuidados com as saúdes mental e física são essenciais para a prova

postado em 27/10/2014 08:20
A ansiedade e o estresse se fazem presentes na rotina de muitos candidatos que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para as provas, aplicadas em 8 e 9 de novembro para 8,7 milhões de inscritos, especialistas apontam que isso tanto pode ajudar o candidato na reta final quanto trazer a ruína. A psicoterapeuta Myriam Durante afirma que 80% dos problemas de aprendizado têm relação com a tensão. ;No plano mental, quanto mais força você fizer, menos resultado terá. Quando você fica estressado, não consegue absorver todo o conteúdo estudado;, alerta.

Amanda Taquary, ao fundo, com amigos do colégio: eles abrem mão de algumas atividades, mas, às vezes, o estresse é demais
A doutora em distúrbios de desenvolvimento e professora do curso de psicologia da Universidade Cruzeiro do Sul Anna Carolina Cassiano afirma que o estresse é ocasionado por uma série de fatores que o candidato acumula ao longo da preparação. ;É uma sobrecarga que acontece quando a pessoa não cuida da saúde física e psicológica - ao não fazer exercícios físicos e ao não reservar momentos para o lazer.;

Estampada em camisas e estojos dos alunos que fazem o curso pré-vestibular do Colégio Olimpo, a frase ;Yes stress; traduz a carga de estudos que a instituição recomenda aos alunos. Diretor pedagógico geral da escola, Vinícius de Miranda acredita que o estresse pode ajudar o aluno a manter o foco e a impulsionar os estudos. ;A gente entende como estímulo. Para passar em um curso concorrido, é preciso ter uma rotina pesada de estudos. É um investimento que o aluno está fazendo.;


Alunos do curso pré-vestibular do colégio, Juliana Miranda, 19 anos, e Caio Fasolak, 18, estudam cerca de 12 horas por dia. Juliana quer fazer medicina na Universidade de Brasília, e Caio, engenharia elétrica na mesma instituição. Caio afirma que se sente pressionado pelos professores, mas isso não atrapalha o rendimento. ;Não é nada excepcional. Eles sempre falam que quanto mais a prova se aproxima, mais a gente tem que se esforçar;, explica. Mesmo com o ritmo intenso, Juliana garante que não se arrepende de abdicar de alguns momentos da vida. ;Acho que vale a pena porque sempre foi uma meta. Se é o que preciso fazer para cursar medicina, então, está valendo a pena;, afirma.

Estudando há três anos para conseguir uma vaga em medicina na Universidade de Brasília, a aluna Amanda Luiza Taquary, 20 anos, abre mão de algumas atividades, mas não nega o desgaste. ;Com a reta final chegando, fica tudo muito cansativo. Dá vontade de largar tudo e sair correndo;, confessa a estudante do colégio Dínatos COC.


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