Jornal Correio Braziliense

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Agnelo e Rollemberg discutem dívida do GDF em reunião de transição

Principal assunto foi um possível rombo de mais de R$ 2 bilhões nas contas públicas do GDF, mas o atual governador afirma que isso não vai ocorrer



O novo governador tem dito, desde a vitória nas urnas, que a situação das finanças deve ser uma das principais dificuldades do início de gestão. Segundo Rollemberg, o deficit teria sido reconhecido e até publicado pelo Diário Oficial do DF (DODF). ;Nós precisamos ter as informações necessárias. A questão é saber qual é a real capacidade financeira do Distrito Federal para que possamos dar continuidade aos serviços públicos e iniciar o cumprimento dos nossos compromissos de campanha;, afirmou, ontem, em entrevista coletiva, ao lado do petista.

Mesmo que não tenha negado com veemência, o atual governador deu a entender que as especulações não correspondem à realidade. ;É preciso ter as informações oficiais. Precisamos ter responsabilidade;, salientou, acrescentando que a equipe dele vai dar todos os dados solicitados e disponibilizar a estrutura necessária para o trabalho do grupo de transição do futuro governo (veja composição em quadro). Agnelo afirma que deixará o DF com todos os serviços públicos funcionando e em um estado muito melhor do que ele recebeu em janeiro de 2011 das mãos de Rogério Rosso, hoje deputado eleito pelo PSD e aliado de Rollemberg. ;Vou passar, aproximadamente, R$ 25 bilhões em obras contratadas e em curso. Isso é quatro vezes o investimento de um governo de quatro anos. Vou entregar um grande superavit para o próximo governo;, garantiu.

Mas Rollemberg está longe de se sentir tranquilo. Boa parte dos assessores técnicos mais próximos, que acompanhavam as contas da atual gestão desde o ano passado, só acreditarão que a situação está razoável quando tiverem acesso a todos os dados. O governador eleito explicou que é elaborado um conjunto de perguntas sobre questões financeiras. Um dos pontos que ele quer saber passa pelos contratos que terminam em 31 de dezembro e que deverão ser prorrogados. ;Precisamos tomar medidas antes do fim da gestão para que não ocorra a descontinuidade de serviços públicos fundamentais;, avaliou. O grupo de transição do novo governo vai se articular com uma equipe da atual administração coordenada pela Casa Civil e pela Secretaria de Planejamento ; também estão representadas as áreas de comunicação/publicidade, governo, administração e casa militar.

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