postado em 01/11/2014 08:24
O candidato eleito Rodrigo Rollemberg (PSB) terminou a campanha no primeiro turno com apenas quatro candidatos a deputado distrital eleitos dentro da coligação majoritária, que também reuniu PDT, SD e PSD. O número representa apenas 16% do total de 24 cadeiras, mas o socialista conseguiu triplicar sua base de sustentação na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Até agora, ele conta com 12 nomes, boa parte herdada a partir da derrota do projeto de reeleição do governador Agnelo Queiroz (PT), que teve 14 candidatos a distrital eleitos dentro de sua aliança. Sem a perspectiva de o governo petista prosseguir, ao menos seis parlamentares já desembarcaram no seio de Rollemberg dentro da CLDF.
Na primeira reunião com os distritais, realizada na sede nacional do PSB na quinta-feira, Rollemberg conseguiu juntar 12 distritais eleitos e 14 partidos, entre eles, a Rede Sustentabilidade ; que já é tratada como legenda, apesar de não possuir o registro eleitoral ; e o PRP. A sigla presidida por Adalberto Monteiro esteve com Agnelo Queiroz na metade do primeiro turno, declarou apoio a Jofran Frejat (PR) antes do segundo turno e acabou desembarcando ao lado de Rollemberg pouco menos de um mês depois da aliança com o PR. Entre os distritais, Dr. Michel (PP) também participou da reunião de transição, embora a legenda não tenha declarado apoio oficial.
O teste de fogo para Rollemberg será manter unido ; e buscar ampliar ; o bloco de apoio que está ao seu lado agora. Segundo especialistas em administração pública, o prazo médio para acomodações em novos governos é de 100 dias. Depois disso, é comum que as cobranças se intensifiquem. ;O marco de 100 dias é como uma lua de mel. Depois, vêm as cobranças por resultados. O grande desafio do próximo governador será assumir o papel de líder condutor da máquina pública, sem deixar o loteamento político prevalecer sobre questões técnicas de competência;, defende o economista José Matias-Pereira, professor especialista em políticas públicas da Universidade de Brasília (UnB).
Presente à reunião, o distrital eleito Professor Reginaldo Veras (PDT) reafirmou o apoio ao novo governo, mas também cobrou que Rollemberg seja capaz de manter liderança e interlocução com a Câmara Legislativa. ;O governador pode contar com nosso apoio, mas ele não deve abrir mão de exercer sua liderança política, senão, poderá ser responsabilizado politicamente por qualquer coisa que der errado na Casa;, diz.
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