Cidades

Aposta do novo governo para o transporte público passa pelos trilhos

O uso de vagões é solução presente em quase todos os projetos citados pelo governador eleito, Rodrigo Rollemberg. Maior capacidade de carregar passageiros nas viagens, além da rapidez, da economia e da limpeza, justificam a escolha. Mas burocracia pode atrapalhar

Renato Alves
postado em 02/11/2014 06:30
Parada recém-inaugurada do BRT Sul, no Gama: reclamações dos passageiros podem fazer com que o projeto seja reformulado ou até mesmo abandonado
Trilhos e trens leves sobre as pistas exclusivas de ônibus da EPTG e os recém-inaugurados corredores do BRT. Os modernos, compridos e novos ônibus do sistema ainda em experimentação deslocados para a Epia Norte. Expansão do metrô até o fim da Asa Norte. Retomada do projeto do VLT, entre o aeroporto e a área central de Brasília. Uma linha de trem semiurbano ligando a capital a Luziânia (GO) e outra, com um veículo mais rápido, até Goiânia. Quase todos os projetos de mobilidade do governo eleito para administrar o Distrito Federal a partir de 1; de janeiro de 2015 incluem trilhos, por entender que os vagões podem carregar mais gente, de forma mais rápida, econômica e menos poluente. O dinheiro para executá-los viria da arrecadação com os tributos pagos pelos brasilienses e de parcerias com o Governo de Goiás, nos casos de empreitadas que envolvem as duas unidades da Federação.

As sugestões para melhorar o transporte público entre as cidades do DF, do Entorno e até de Goiânia partem de integrantes de um grupo próximo do governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB), que inclui professores da Universidade de Brasília (UnB) estudiosos do tema. Elas vão de ideias mais ousadas e completamente novas ; como a instalação do Veículo leve sobre Trilhos, o VLT, nas pistas internas das quadras residenciais do Plano Piloto ; a antigos projetos propagados por governos anteriores. Planos que nunca saíram do papel, mas consumiram milhões dos cofres do GDF em viagens internacionais de delegações para conhecer modelos de trens e em elaborações de estudos de viabilidade nunca tornados públicos, como o do expresso entre Brasília e Goiânia.

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