postado em 02/11/2014 08:00
O mais recente Mapa da Violência, do Centro brasileiro de estudos latino-americanos, colocou o Distrito Federal numa posição incômoda. O mesmo solo onde são tomadas as decisões políticas e econômicas mais importantes do país é também um dos mais violentos. Somos a nona unidade da federação onde mais ocorrem homicídios, com 38,9 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes. Mortes à luz do dia, sequestros relâmpagos e assaltos em qualquer lugar passaram a fazer parte do cotidiano das famílias brasilienses.O governador eleito, Rodrigo Rollemberg (PSB), já anunciou a intenção de fazer uma ;revolução; na área. Amigo e companheiro de partido do ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente de avião no último dia 13 de agosto, o novo chefe do Executivo local deve importar um dos mais importantes projetos de Campos quando ele governava Pernambuco: o Pacto pela Vida. O programa quadriplicou os gastos com segurança pública de 2007 e 2013 e fez com que diversas pastas trabalhassem de forma integrada. O resultado foi a redução de quase 40% nas taxas de execuções no Estado, fora a diminuição de quase todos os outros crimes.
A missão de Rollemberg é fazer o Pacto pela Vida funcionar na capital do país. Ao Correio, o socialista garantiu que a primeira providência para tornar o programa factível é evitar qualquer tipo de ingerência política nas indicações de comandantes da Polícia Militar e diretores da Polícia Civil. ;Os únicos critérios levados em consideração para as escolhas serão o mérito e o currículo. Não aceitaremos qualquer tipo de interferência;, afirmou.
Rollemberg também lembrou que o Pacto pela Vida deu certo em Pernambuco porque Eduardo Campos assumiu a responsabilidade de acompanhar tudo de perto. ;Eu vou fazer o mesmo aqui. Quero receber semanalmente as estatísticas de criminalidade de cada região. Naquelas que ficarem abaixo da meta, vamos sentar e identificar o problema. O mais importante para eficácia do Pacto pela Vida é que áreas da saúde, social e da educação estejam envolvidas, assim como o Ministério Público e a Defensoria Pública. Tudo tem de estar em perfeita sintonia;, disse.
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