Jornal Correio Braziliense

Cidades

Após reclamações, vendedores de flores baixam os preços nos cemitérios

Alta concorrência e resistência dos clientes força baixa no Dia de Finados



Já Cristiane Barbosa Guimarães, 25, optou pelo diferencial para enfrentar a concorrência. Ela confecciona flores artificiais, e embora tenha reduzido o preço que cobra diariamente, está satisfeita com o resultado das vendas. Ela levou cerca de 70 flores e em menos de três horas já havia vendido mais de 50. ;Trabalho com esse material, o EVA, aquele emborrachado que usa na escola para fazer bonequinhos para as crianças, e vou usando a criatividade para fazer;, explicou. A arte de Cristiane envolve vários tipos de flores, como papoula, rosa, ibisco, copo-de-leite, além de jarros.

Ela trabalha há dois anos e meio fazendo artesanato e o vendendo, junto com o esposo, que fabrica brinquedos para crianças. O preço, R$ 5 cada, hoje está pela metade: R$ 3 a unidade, mas sai a R$ 5 se o cliente levar duas. Esta é a primeira vez que ela escolhe a data de Finados e o cemitério como ponto de venda. ;Tenho mais vendas é quando eu trabalho no dia dos namorados, das mães, e em bares;, diz, segundos antes de escutar uma mulher perguntar o preço, elogiar o trabalho e lamentar: ;Por que você não estava aqui mais cedo? Comprei uma feia;.

De acordo com o major Augusto, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, cerca de 200 mil pessoas devem passar pelo principal cemitério da capital federal. ;O movimento está intenso desde as 7h, diminuiu na hora do almoço. A gente acredita que mais de 100 mil já visitaram;, disse.