Cidades

Gestantes ficam sem atendimento no Hospital Regional do Paranoá

Pacientes afirmam que a falta de médicos na obstetrícia e na ginecologia é recorrente, e funcionários da unidade confirmam o problema

postado em 07/11/2014 08:38
De acordo com a direção do HRPa, quatro dos 18 profissionais da neonatologia estão afastados após apresentarem atestado médico

Gestantes tiveram que ir embora sem atendimento, ontem, no Hospital Regional do Paranoá (HRPa). As grávidas que foram à unidade de saúde acabaram voltando para casa em decorrência da falta de profissionais. De acordo com as pacientes, o centro obstétrico não estava funcionando por conta da superlotação. Situação confirmada por uma funcionária, que pediu para não ser identificada. ;Todos os dias, é a mesma coisa. Esse já é um problema antigo e que, pelo visto, vai ficar sem solução;, diz. Mas, de acordo com a direção do hospital e com a Secretaria de Saúde, a dificuldade foi pontual e estaria normalizada ainda na noite de ontem.

Simone da Silva, 29 anos, foi uma das mulheres que saíram sem se consultar com um médico. Ela está grávida de quatro meses e ontem foi a terceira vez que ela procurou atendimento no hospital. ;Marcam a consulta e, quando a gente chega aqui, o médico está de folga ou faltou. Um descaso total. Daqui a pouco, meu filho nasce e eu não fiz o acompanhamento correto;, reclama a dona de casa.

Quem também esperou muito para ser atendida foi a empregada doméstica Ádila Mislane Gomes. Ela ficou internada durante seis dias. ;Quando eu cheguei, tinha gente esperando até no chão. Lá dentro (do centro obstétrico), as pessoas ficam como dá. No dia em que eu ganhei meu filho, tinha várias mães esperando para fazerem o parto também;, afirma. Segundo ela, os problemas não se restringem à obstetrícia do hospital. ;A maternidade estava com os leitos todos ocupados. Não tinha mais onde colocar bebês;, lembra a moradora do Itapoã.

Um funcionário terceirizado do hospital que não quis ter a identidade revelada afirma que o problema com a falta de médicos é recorrente. ;O quadro quase nunca está completo. Uns faltam sem avisar, outros tiram abono ou férias;, disse. Segundo ele, não há uma organização para que os médicos sejam substituídos. ;Normalmente, eles não avisam que não vão trabalhar no dia ou simplesmente não comparecem. As pessoas ficam irritadas, mas não há o que fazer;, conta.

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