Cidades

Mais de 500 pacientes enfrentam dificuldades para marcar ecocardiograma

Entre eles, o pequeno Felipe, 9 anos, que já passou por três cirurgias e, possivelmente, de mais uma para corrigir o problema que tem aorta

Luiz Calcagno
postado em 13/11/2014 06:00

Felipe com a mãe, Íris: após ligação do Correio, hospital marcou ecocardiograma para amanhã

A rede pública de saúde tem 530 pacientes à espera de um ecocardiograma. O exame, relativamente simples, é importante para diversos procedimentos cirúrgicos. Pode ser vital, por exemplo, para um paciente que sofra de algum tipo de cardiopatia. É o caso de Felipe Souza de Oliveira, 9 anos. Ele tem um estreitamento na aorta, a mais importante artéria do sistema circulatório. Felipe já passou por três cirurgias e os médicos avaliam a possibilidade de uma quarta intervenção. Mas o menino enfrenta muitas dificuldades para fazer o eco. Após quatro meses de espera no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), ele e a mãe, a dona de casa Íris Souza de Araújo, 35, receberam uma ligação na última terça-feira, informando que não havia médico e que a marcação estava suspensa por tempo indeterminado. A situação só mudou após a equipe do Correio entrar em contato com o ICDF. Por meio da assessoria de imprensa, o órgão avisou que ele fará o exame amanhã.

Íris conta que procura a imprensa de tempos em tempos para garantir a agilidade no tratamento do filho, paciente do Sistema Único de Saúde (Sus). ;Esperamos por quatro meses. Ontem (terça-feira), no dia marcado, nos informaram que a médica responsável havia se demitido e que não havia previsão para uma consulta. Demora muito. Já cheguei a esperar um ano por um exame. Quero saber como está a saúde do meu filho, a evolução do tratamento e se teremos que enfrentar uma nova cirurgia;, disse.

Em uma das jornadas para dar continuidade ao tratamento do filho, ela acabou encaminhada para o Hospital da Criança de Brasília José de Alencar. ;A última consulta dele foi em 23 de julho. Antes disso, só conseguimos atendimento no Hospital da Criança. Não podemos ficar esperando. É muito simples para eles alguém ligar, comunicar o problema e ficarmos de mãos atadas;, lamentou.


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