postado em 13/11/2014 06:04
As questões elaboradas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para avaliar os candidatos por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) suscitaram ressalvas a professores e especialistas ouvidos pelo Correio, com base na divulgação ds gabaritos.
O professor de sociologia do Leonardo da Vinci Bruno Borges considera que as respostas oficiais das provas condizem com as expectativas, mas discorda acerca da questão 32 do caderno azul. O item abordava as manifestações de junho de 2013 e pedia uma análise do concorrente sobre a postura adotada pelo Estado na ocasião. ;Muitos acreditaram que a resposta seria a letra C, que tratava a atitude para salvaguardar o espaço público. Mas a resposta divulgada hoje foi a letra D, sobre conservar o exercício do poder;, conta.
Para ele, a questão foi um divisor de águas para analisar o perfil do exame. ;Incorporamos o questionamento como parte da prova de sociologia. Considerou-se que poderia ser a letra C porque ia de encontro a tudo que a prova defende sobre os direitos humanos;, argumenta.
Em um item de química, surgiu uma dúvida sobre a questão 82. ;Entendemos que a questão era fácil, mas se tornou complicada porque faltaram alguns valores no texto-base. Nós, professores, sabíamos a referência para a estrutura molecular, mas o aluno não tem obrigação de saber a quantidade de carbonos e insaturações dela. Faltou uma referência sobre isso;, diz o professor e coordenador de química do Sigma William Pinheiro. Ele acredita que a ausência de informações provocou dificuldade para interpretar a questão. ;Estava nebulosa. Os alunos excepcionais acertaram, com certeza. No entanto, o resto da prova estava bem contextualizado e não fugiu de nenhum tema ensinado no ensino médio;, afirma.
A matéria completa para assinantes está . Para assinar, clique .