Cidades

Professores fazem ressalvas ao gabarito do Exame Nacional do Ensino Médio

Especialistas consultados pelo Correio ressaltam as diferentes interpretações e os pontos que mereciam melhor explicação no teste aplicado para estudantes

postado em 13/11/2014 06:04
Eduardo avalia que acertou 77% dos itens pedidos no  Enem, o que alarga a chance de ingressar para engenharia civil na UnB

As questões elaboradas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para avaliar os candidatos por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) suscitaram ressalvas a professores e especialistas ouvidos pelo Correio, com base na divulgação ds gabaritos.

O professor de sociologia do Leonardo da Vinci Bruno Borges considera que as respostas oficiais das provas condizem com as expectativas, mas discorda acerca da questão 32 do caderno azul. O item abordava as manifestações de junho de 2013 e pedia uma análise do concorrente sobre a postura adotada pelo Estado na ocasião. ;Muitos acreditaram que a resposta seria a letra C, que tratava a atitude para salvaguardar o espaço público. Mas a resposta divulgada hoje foi a letra D, sobre conservar o exercício do poder;, conta.

Para ele, a questão foi um divisor de águas para analisar o perfil do exame. ;Incorporamos o questionamento como parte da prova de sociologia. Considerou-se que poderia ser a letra C porque ia de encontro a tudo que a prova defende sobre os direitos humanos;, argumenta.

Em um item de química, surgiu uma dúvida sobre a questão 82. ;Entendemos que a questão era fácil, mas se tornou complicada porque faltaram alguns valores no texto-base. Nós, professores, sabíamos a referência para a estrutura molecular, mas o aluno não tem obrigação de saber a quantidade de carbonos e insaturações dela. Faltou uma referência sobre isso;, diz o professor e coordenador de química do Sigma William Pinheiro. Ele acredita que a ausência de informações provocou dificuldade para interpretar a questão. ;Estava nebulosa. Os alunos excepcionais acertaram, com certeza. No entanto, o resto da prova estava bem contextualizado e não fugiu de nenhum tema ensinado no ensino médio;, afirma.


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