postado em 13/11/2014 06:05
"Esses dias de greve têm sido horríveis. Moro no Itapoã, trabalho no Lago Sul e tenho que vir para a Rodoviária para tentar um ônibus para vir e para voltar. Dá medo porque os motoristas dos piratas enchem o carro de gente, avançam sinal vermelho em alta velocidade e não colocam cintos de segurança à nossa disposição. Só pego porque preciso mesmo;, conta a empregada doméstica Wille Tanan, 18 anos. Assim é o cotidiano dos brasilienses após oito dias de greve no transporte público do DF.
Na manhã de ontem, vans e ônibus irregulares paravam nas baias da Viação Pioneira, na Rodoviária do Plano Piloto, para embarcar passageiros para Paranoá, Itapoã, São Sebastião e mais seis regiões administrativas que estão sem o serviço. Na disputa por usuários, motoristas gritam, brigam entre si e quase arrastam quem passa perto dos veículos. A confusão provoca congestionamento na entrada do terminal e atrapalha os ônibus das outras companhias com concessão.
Outro problema é a alteração de trajeto no meio do percurso. Para fugir da fiscalização ou pegar mais passageiros, os donos de veículos irregulares descumprem o combinado. ;Eles falam que vão pegar um trajeto e depois largam a gente bem distante do lugar acertado;, diz a servidora pública Jaqueline de Souza Pereira, 28 anos. Moradora do P Sul, ela trabalha em São Sebastião e, durante a paralisação, tem chegado atrasada ao trabalho. ;A gente fica na mão dos piratas. Passamos perto e eles praticamente nos pegam pelo braço;, conta.
A matéria completa para assinantes está . Para assinar, clique .