Ana Maria Campos
postado em 15/11/2014 07:33
Em meio à controvérsia sobre a situação financeira do Executivo local, o governador Agnelo Queiroz (PT) afirma que vai honrar todos os contratos, pagar servidores e trabalhar até o último dia de 2014.
Qual é a real situação das finanças do GDF?
Não vou negar que haja dificuldades financeiras, mas isso está ocorrendo em todo o país, com vários governos e, em alguns casos, a situação é muito pior. Todo fim de ano é assim. Estamos honrando os contratos, pagando os salários e trabalhando empenhados em entregar as muitas obras que ainda temos para inaugurar e aumentar a arrecadação para repassar ao meu sucessor uma situação bem mais tranquila do que recebi. Não tive moleza em nenhum dia do meu governo. Quando vejo certos comentários, que muitas vezes representam interesses contrariados, é muito doloroso. Estou com a pela grossa, mas com a consciência tranquila de ter feito o melhor.
O governador eleito, Rodrigo Rollemberg, disse que está preocupado com atraso de salários e de férias dos professores. Há riscos?
Não há risco nenhum. Essa declaração decorre de falta de conhecimento. É hora de descer do palanque e se debruçar na realidade da cidade. Em 2011, paguei a folha do ano anterior, do governo Rosso, aliado do futuro governador. Isso ocorre há 30 anos. Não há excepcionalidade alguma. É importante governar com espírito colaborativo, sem ficar apontando o dedo para os outros.
Houve um grande aumento da folha de pagamentos na sua gestão. O governo reajustou os salários além da capacidade? Há, de fato, um rombo de mais de R$ 2 bilhões nas contas?
De forma alguma. O que fizemos foi valorizar as carreiras, especialmente as de saúde e educação. Corrigimos distorções, fizemos um plano de carreira. Foi um gasto justo. Só se pode falar em deficit depois de 31 de dezembro de 2014. Até lá, o governador é Agnelo Queiroz. Estamos trabalhando e vamos entregar uma gestão sem dívidas, ao contrário do que ocorreu comigo. Paguei dívidas de 2007, 2008, 2009 e 2010. Não recebi uma única obra para tocar. A realidade que deixarei para o novo governo é muito diferente.
Empresas do ramo da coleta de lixo, de transporte e e alimentação em hospitaispararam os serviços. O governo não tinha dinheiro para pagar as faturas?
Se o governo tivesse sido reeleito, isso jamais ocorreria. Atrasos de pagamentos são normais e até previstos nos contratos. O meu governo pagou com muita regularidade os fornecedores. O que houve agora foram atrasos razoáveis, normais. Num estado vizinho, há atrasos de mais de seis meses em pagamentos para a empresa de alimentação para hospitais, mas, como o governador foi reeleito, não há paralisação.
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