Duas pessoas ficaram feridas na última quarta-feira, no Cruzeiro Novo, após receberem uma descarga de raio. Em São Paulo, três morreram no dia 7. Ocorrências desse tipo são mais frequentes do que se possa imaginar. Desde 2000, houve mais de 1,6 mil vítimas dessa fatalidade no país. Pelo menos 90 pessoas tiveram ferimentos e nove perderam a vida apenas no Distrito Federal por causa de descarga elétrica natural. Em cidades goianas do Entorno, houve, no mínimo, 10 mortes no mesmo período.
Os dados são do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), único organismo com estatísticas de vítimas do fenômeno. O Elat começou a levantar os casos fatais por raios em 2000. O estado de São Paulo lidera o ranking nacional, com 298 registros, seguido de Minas Gerais, (130), Rio Grande do Sul (125), Pará (115), Goiás e Mato Grosso (ambos 98).
A morte mais recente por raio na capital do país aconteceu em 2 de abril de 2012, quando um jovem de 18 anos foi atingido enquanto lavrava a terra em uma chácara, no Incra 9, em Ceilândia (leia Memória). Chovia forte e relampejava muito no momento. Outro trabalhador rural, que estava ao lado do rapaz, desmaiou em decorrência da descarga elétrica. Moradores da propriedade sentiram o choque, mesmo dentro de casa.
Quando não mata ou fere, o fenômeno pode causar grandes prejuízos financeiros. Na tarde de 13 de fevereiro, a queda de um raio provocou um incêndio em uma casa da QE 30, no Guará depois de atingir um poste e a fiação elétrica. Um guarda-roupa ficou destruído e um ventilador de teto desabou. Não houve feridos. Um curto-circuito provocou o surgimento das chamas. Um morador estava em outro ponto da casa, ouviu um estrondo e foi ver o que havia acontecido. Ao chegar ao quarto, o cômodo estava tomado por fumaça.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .