Os funcionários da empresas de ônibus Marechal e Pioneira decidiram em assembléia nesta sexta-feira (21/11), manter a paralisão até segunda-feira (24/11). Eles cruzaram os braços reivindicando o adiantamento salarial, que deveria ter sido creditado na conta deles nessa quinta-feira (20/11). Segundo o Sindicato dos Rodoviários, os donos da empresa não teriam conseguido a verba necessária para os pagamentos.
[SAIBAMAIS]Pelo balanço do sindicato, cerca de 1.100 mil ônibus não saíram da garagem, sendo 440 da Marechal e 660 da Pioneira. A empresa Pioneira deixou de atender as cidades de Santa Maria, Gama, Park Way, Candangolândia, Itapoãm Paranoá, São Sebastião e Varjão. A empresa Marechal, que atende principalmente os moradores do PSul, em Ceilândia, deixa de circular em cidades como Águas Claras, Taguatinga, Guará I e II, Gama, Samambaia e Recanto das Emas.
Problema recorrente
Esta é a segunda paralisação de ônibus da Pioneira em menos de um mês. Após oito dias de greve, os ônibus da empresa voltaram a circular no dia 13. Em uma reunião, representantes do Sindicato dos Rodoviários, da direção da Viação Pioneira, do Ministério Público do DF e Territórios, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do governo haviam chegado a um acordo para que os salários em atraso fossem pagos.
A Viação Pioneira fez um empréstimo bancário de R$ 6 milhões para pagar os salários e tíquete-alimentação atrasados dos rodoviários. Na ocasião, o GDF fez um acordo de para repassar um montante de R$ 14 milhões à empresa, dívida que se referia aos dias de operação branca do Expresso DF, quando o BRT funcionou sem a cobrança de tarifa para os passageiros. Segundo o Sindicato, este valor seria usado pelos empresários da Pioneira para pagar a folha dos empregados, depositada todo dia 20 de cada mês, o que não ocorreu.
A paralisação dos rodoviários da Pioneira, responsável pelo atendimento da bacia 2 do transporte público do DF, afetou cerca de 200 mil brasilienses em mais de uma semana paralisada.