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Fãs de Paul viajam longe para assistir ao show do astro em Brasília

Ricardo Daehn
postado em 23/11/2014 18:34

Roqueiro das antigas, além de motoqueiro, o administrador Luiz Oliveira, 58 anos, com a família na fila do show de Paul, pode comprovar o entusiasmo da filha Camila que, aos 25 anos, já acompanha o quarto show do ex-beatle. Ela e o irmão Bruno, 31 anos, vieram de Florianópolis especialmente para assistir ao astro do rock. "Ele é um sir, que é muito simpático nas apresentações. Gosto da melodia e também gosto muito das letras com as quais me identifico, como a Maybe I;m amazed", diz a fã, ansiosa, na fila.

Família unida: Camila, 25, Luiz Oliveira, 58, e Bruno, 31



[SAIBAMAIS]Apesar da chuva, Bruno não se dá por vencido. "Em Florianópolis, foram 30 quilômetros de engarrafamento para o show", recorda. A vinda para a capital serviu de extra para a moça que "fez mochilão" pela Europa, com direito à acesso no Museu dos Beatles. "Brasília é muito organizada. Tem bastante espaço e é ampla. Em Florianópolis, não cabe mais nada", brincou Camila.

Os noivos Anni Luise Sieglitz, 28 anos, e Luciano Lanna, 31, vieram de Minas Gerais só para acompanhar o show

Pela primeira vez em Brasília e juntos há seis anos, os noivos Anni Luise Sieglitz, 28 anos, e Luciano Lanna, 31, vieram de Minas Gerais só para acompanhar o show. Luciano entrou no Estádio de Brasília puxado para o show pela beatlemaníaca. "Ele é animado: vai sem reclamar", disse a funcionária pública. Na capital desde sexta-feira, o casal se interessou pela cidade. "Achei tudo muito organizado. Uma cidade muito limpa e com várias opções de restaurantes. Queremos voltar, para conhecer outros lugares", disse o analista de sistemas que visitou a Esplanada dos Ministérios e o Pontão do Lago.

Contabilizando o quarto show de Paul, Anni enfatizou: "Conhecer a música deles me mudou, de verdade. Quero tocar muito uma música do Paul no nosso casamento". Preparados, com capa de chuva, o casal esteve despreocupado com o clima: "Com a chuva, refresca", disseram.

Angelo Casarin, 63 anos, veio de Minas Gerais ao lado da filha Bárbara Casarin, estudante de Direito, e do candidato a genro Luis Felipe Valente, ambos de 22 anos

Com um lugar na casa dedicado aos CDs, livros e imagens dos Beatles, o engenheiro Angelo Casarin, 63 anos, veio de Minas Gerais, ao lado da filha Bárbara Casarin, 22, estudante de Direito, e do candidato a genro Luis Felipe Valente, 22 anos. "Para ver o Paul, vale a pena sair da toca", brincou o morador de Senador Firmino. Angelo gastou R$ 2,5 mil na viagem. "Adoramos a cidade -- é excelente, pelo trânsito e pela organização", comentou Bárbara.

O segundo show no qual viu o ex-Beatle prometia ser marcante, "por ser um um show de 1/4 dos Beatles", como definiu. A melodia e a voz de Paul grudaram no imaginário de Bárbara, por causa do pai, que ouvia LPs todos os sábados. "Paul me traz sossego e tranquilidade. É o momento de vir para o show, mesmo: não sabemos se haverá outra oportunidade", disse ele, que bota em pedestal Yesterday: "Só de se ouvir, dá para entender. É pelo clima que ele me emociona: tenho quase a idade dele", disse Angelo.

'Brasília tem uma infraestrutura muito boa e a qualidade de vida é bem maior', dizem os irmãos, de Aracaju

Fã dos Beatles desde os 9 anos, o estudante Murilo Dantas, 15, vibra com a irmã Nathalia Dantas, 17, pelo acontecimento na capital "bastante diferente" de Aracaju, onde moram. Eles chegaram sexta-feira para o show de Paul. O casamento do show com os passeios pela cidade só trouxe contentamento. "Brasília tem uma infraestrutura muito boa e a qualidade de vida é bem maior. Também aproveitamos os pontos turísticos, como a Catedral e o Congresso Nacional. Tem muita opção de lazer", avaliou Murilo.

Ele, que já esteve na capital para acompanhar os shows do Aerosmith e do Guns N;Roses, não via a hora de escutar ao vivo Live and let die. "Além da música ser ótima, no show, é a hora dos fogos de artifício", comentou. Conhecedor da carreira solo, Murilo conta que, sozinho, Paul mudou um tanto: "Ele ficou mais calmo, e nem tão eclético". "O Paul é uma lenda. Minha expectativa é muito alta -- ele tem que cantar Hey Jude", destacou Nathalia.

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