postado em 02/12/2014 06:25
A tesoura do Governo do Distrito Federal atingiu a Polícia Militar. Dessa vez, a política de corte de gastos obrigou a corporação a encerrar, ontem, o contrato com os 90 praças e oficiais da reserva que trabalhavam na Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade). Eles atuavam no recebimento de telefonemas emergenciais feitos pela população por meio do 190. Sem os inativos, o comando da corporação teve de se apressar em convocar militares da ativa e evitar que o serviço fique prejudicado.
A corporação garantiu que o policiamento nas ruas não será afetado, pois os convocados para assumir as funções na Ciade são PMs que se encontram com restrições médicas para o serviço de patrulhamento ostensivo. Mas, apesar do arranjo para suprir os inativos, a PM não explicou se os novos profissionais da Ciade passarão por um curso. ;É importante saber operar os equipamentos, e isso demanda um certo tempo. Acredito que o trabalho perderá em qualidade. Pelo visto, será tocado nas ;coxas;, disse um major da ativa e que trabalhou no Ciade por dois anos. Ele preferiu não se identificar.
Por meio de nota, a PM alegou que o contrato não foi renovado por ;questões jurídicas;, mas não explicou quais entraves culminaram na decisão. ;O contrato destes policiais é de até cinco anos e, em todo 5 de dezembro, é feita a renovação anual, mas, por questões jurídicas, não foi renovado este ano;, diz um trecho do texto.
O Correio apurou, no entanto, que a medida faz parte da política de cortes de gastos adotada pelo atual governo nos últimos meses. Hoje, os policiais inativos recebem 30% da remuneração oficial para prestarem o serviço extra. Por exemplo: se um soldado ganha R$ 4,5 mil por mês, ele tem adicionado ao salário mais R$ 1,5 mil. O benefício também se estende aos auxílios.
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