Cidades

Professores da Escola de Música ameaçam não participar do Curso de Verão

Eles dizem que o tradicional festival deve ser realizado no espaço na L2 Sul, e não no Mané Garrincha e no Centro de Convenções, como vem sendo estudado. Governo diz que o evento ainda está em processo de discussão

Isa Stacciarini
postado em 02/12/2014 06:40
O professor Oswaldo Amorim diz que a Escola de Música precisa de mais dinheiro do que o Curso de Verão

A realização do Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília (Civebra) em janeiro de 2015 está comprometida. Após 36 edições, professores do Centro de Educação Profissional/Escola de Música de Brasília oficializaram, em carta, a não participação no próximo evento. A posição dos educadores, com apoio do grêmio estudantil e do Conselho Educacional, ameaça a qualidade do curso.

A polêmica em torno do 37; Civebra começou em outubro, quando houve o comunicado de que as aulas seriam realizadas parte no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha e outra parte no Centro de Convenções Ulysses Guimarães em razão de o Centro de Educação Profissional não ter estrutura para receber o curso. Diante da alegação, a comunidade escolar manifestou a recusa. Para que o curso ocorra fora da escola, é necessário aluguel de equipamentos e adaptação do espaço da arena e do Centro de Convenções. A comunidade escolar, porém, denuncia: os dois locais não são preparados para receber o curso que, em média, conta com 800 alunos.

Oswaldo Amorim, professor de contrabaixo elétrico e performance da escola, considera que o curso está sendo descaracterizado. Há dois anos, quando o Civebra já havia deixado de ocorrer exclusivamente na instituição de ensino, os docentes protestaram. Neste ano, contudo, a situação piorou. Com a transferência integral do evento para o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, eles pretendem deixar de participar.
;Nós criamos um grupo de trabalho para discutir os melhores caminhos para o Civebra, mas tudo foi ignorado. Perdemos o controle pedagógico. Para fazer o curso no estádio, é necessário equipá-lo com isolamento acústico e aluguel de equipamentos, o que configura gasto desnecessário contra todo o histórico do curso. Será demandada mais verba pública, o que não é feito em detrimento da Escola de Música, que precisa de investimento;, afirma Amorim.

A reportagem procurou a Secretaria de Educação para se pronunciar, mas a pasta se limitou a mandar uma nota informando que o evento ;ainda está em fase de organização e, por esse motivo, é necessário aguardar, pois os questionamentos podem não ser pertinentes;.

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