Cidades

Professor que xingou negra de macaca é denunciado à Justiça pelo MPDFT

Se condenado, acusado deverá indenizar a vítima em R$ 3 mil, fazer curso de sobre igualdade racial e prestar serviços comunitários. Nesta semana, três casos foram levados à Justiça

Luiz Calcagno
postado em 06/12/2014 08:00
Claudenilde foi agredida verbalmente pelo professor Rones Silva em uma boate de Águas Claras

O professor universitário Rones Borges Silva, 33 anos, preso em flagrante após xingar a produtora Claudenilde Nascimento Chagas, 30, de macaca, foi denunciado pelo Ministério Público do DF e Territórios. Com esse caso, chegam a três as denúncias pelo crime de injúria racial feitas pelo MPDFT à Justiça. O docente do Instituto Federal de Brasília agrediu a produtora, no último domingo, em uma boate de Águas Claras. Levado à 21; Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), ele foi liberado após pagar fiança de R$ 1 mil.

De acordo com a denúncia, Rones abordou a amiga de Claudenilde, a modelo Tanjara Santos Lima, 27. Após a jovem dispensá-lo, ele ficou rondando as duas. Para evitá-lo, elas trocaram de lugar na mesa, e a produtora de eventos se sentou próxima ao acusado. Indignado, ele perguntou se a vítima teria ;se olhado no espelho; e, em seguida, a xingou de ;macaca;. O promotor e coordenador do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do MPDFT, Thiago Pierobom, propôs que o professor pague R$ 3 mil à vítima, compareça em juízo periodicamente para ;informar e justificar suas atividades;, não se ausente do DF sem autorização, pelos próximos dois anos, além de prestar 80 horas de serviço comunitário e participa de um curso sobre igualdade racial.

No Setor Comercial Sul, Roberto Antônio de Queiroz, 38, após um desentendimento, bateu em Luiz Eudes de Souza, 30, com tapas e pontapés, enquanto chamava a vítima de ;preta;. O agressor foi denunciado pelo Ministério Público do DF. Também chegou à Justiça ação contra José Maria Barbosa da Silva, 53. Em março último, em uma lanchonete da 516 Norte, ele se sentiu ofendido quando a atendente Maria Aparecida Rodrigues da Cruz indagou o que José havia consumido. Em resposta, ele afirmou que ela deveria ;ter vergonha da própria cor; e a chamou de ;ignorante;, ;nega; e disse que o estabelecimento não era lugar para a moça trabalhar.

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