Katlelyn de Souza Marquez, 18 anos, já perdeu as contas de quantas vezes desistiu de entrar em ônibus por não conseguir comunicar-se com o motorista. Surda, ela reclama que alguns rodoviários não têm paciência para falar olhando diretamente para o seu rosto, facilitando a leitura labial. Os problemas na comunicação da jovem estudante poderiam ser resolvidos caso condutores e cobradores de coletivos fossem treinados na língua brasileira de sinais. Pouca gente sabe, mas os profissionais deveriam, obrigatoriamente, passar por um curso de libras, como determina a Lei Distrital n; 10436, de 2002.
Mas essa é mais uma das leis ;mortas; no Distrito Federal. Como o Correio mostrou em reportagem publicada ontem, dezenas de legislações e artigos que versam sobre os direitos dos deficientes físicos não são executadas. Katleyn usa o transporte coletivo desde a infância e jamais teve a sorte de encontrar um profissional das viações capacitado em libras.
;Nem eu sabia dessa lei. Como seria bom se não só os rodoviários, mas toda a sociedade conseguisse se comunicar conosco. E os ônibus são o de menos. Você não imagina a dificuldade que é ir ao médico e conseguir fazer com que ele me entenda;, lamentou a garota, por meio de uma intérprete.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .