Cidades

Greve dos rodoviários entra no 5º dia e afeta 700 mil passageiros

Governo afirma que já repassou dinheiro às empresas. Rodoviários continuam aguardando os pagamentos

postado em 08/12/2014 10:58
Ainda não há previsão para o fim da greve dos rodoviários do Distrito Federal. Durante toda a manhã desta segunda-feira (8/12), os representantes do Sindicato dos Rodoviários passaram em todas as garagens para conversar com os trabalhadores e a orientação era a mesma: só sair das garagens após os pagamentos dos salários. O reflexo da paralisação, que ocorre desde a quinta-feira (4/12), são paradas de ônibus lotadas, transporte pirata cobrando o dobro das passagens dos coletivos e trânsito mais congestionado, já que muitas pessoas estão tirando os carros das garagens para garantir a volta para casa.

Funcionários da empresa Marechal mobilizados em frente à garagem da empresa: sem pagamento

Sem a garantia do dinheiro na conta, os rodoviários das empresas Pioneira, Marechal e Urbi, além das cooperativas MSC e Alternativa mantêm os coletivos nas garagens até que o salário deste mês e a primeira parcela do 13; sejam, de fato, pagos. Segundo o sindicato da categoria há ainda outro problema em relação aos motoristas que operam os ônibus articulados. Eles reivindicam também o pagamento de 10% em cima das horas trabalhadas durante o mês, benefício a que têm direito por dirigirem este tipo de veículo. O valor não é depositado desde setembro.

O Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) afirma que o repasse da verba para as empresas foi iniciado por volta das 9h, no começo do horário de expediente bancário e concluído ao meio-dia. Com o dinheiro à disposição das empresas, fica a cargo de cada uma delas a liberação dos valores para as contas dos trabalhadores. O Sindicato dos Rodoviários informou, no entanto, que a maioria dos trabalhadores continua em frente às garagens das empresas à espera de notícias sobre quando os pagamentos serão depositados.



Transtornos

Trabalhadores das empresas Pioneira, Marechal e Urbi ainda não receberam o salário deste mês. Já os empregados das cooperativas MCS e Alternativa cruzaram os braços para reivindicar o pagamento da primeira parcela do 13; e do salário de dezembro. As empresas são responsáveis pela circulação em 17 regiões administrativas. A paralisação afeta cerca de 700 mil usuários do transporte.

Com informações de Luis Calcagno, Jacqueline Saraiva, Kelly Almeida, Roberta Pinheiro e Ailim Cabral.

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