Cidades

Com salários atrasados, professores da rede pública interditam o Eixo

A categoria reivindica o pagamento do salário que está atrasado desde a última sexta-feira

Isa Stacciarini
postado em 09/12/2014 10:48
Policiais militares acompanham o protesto

Professores da rede pública do Distrito Federal fecharam as seis faixas da via N1 do Eixo Monumental, por volta de 10h30 desta terça-feira (9/12). A categoria reivindica o pagamento do salário que está atrasado desde a última sexta-feira (5/12), segundo o Sindicato dos Professores (Sinpro). Ao todo, cerca de 40 mil servidores aposentados e da ativa estão sem receber. O grupo chegou a subir as rampas do Palácio do Buriti com cartazes e gritos de ordem. A via só foi liberada por volta de 18h30, depois que o governo prometeu depositar os salários atrasados à meia noite.

Profissionais da assistência a educação, como porteiros, tesoureiros e faxineiros também fazem parte do ato. Por volta das 11h20, cerca de 50 funcionários da saúde se juntaram ao grupo também para reivindicar salários atrasados. O movimento começou com aproximadamente 500 servidores da educação, no entanto, às 12h, a Polícia Militar confirmou que ao menos 2 mil pessoas participavam do protesto. Com a chuva durante a tarde, o número de pessoas que ocupava a pista caiu para 80. Uma reunião com a Secretaria de Fazenda está marcada para às 15h30.

Professores resistem a chuva que atinge a capital durante a tarde e seguem com o protesto que interdita a via N1 do Eixo Monumental



Com contas atrasadas, os servidores cruzaram os braços e deixaram os alunos da rede pública de ensino sem aulas. Ao menos 80 policiais militares estão no local e desviam o trânsito para via que passa entre o Tribunal de Contas do DF e o Ginásio Nilson Nelson. O trânsito está lento, mas não chega a parar. Motoristas também seguem para o Setor Militar Urbano. O tenente Gilmar Silva, comandante da operação, alegou que o trânsito ficou lento, mas está fluindo. Alexandre Cavalcante, tenente da PM, afirmou que está negociando com a categoria, e que policias da área central da capital reforçam a segurança no Palácio do Buriti.

Motoristas enfrentam lentidão no Eixo Monumental

"Demos um voto de confiança para o governo, que ontem a noite disse que os salários seriam depositados, e desmobilizamos a categoria. Infelizmente o acordo não foi cumprido", disse Rosilene Correa, diretora do Sinpro-DF. O salário dos docentes chegam a R$ 6 mil. Desta vez, eles exigiram o comprovante de crédito/ empenho, do valor devido.

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