Jornal Correio Braziliense

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Morre, aos 80 anos, Pompeu de Pina, defensor da cultura de Pirenópolis (GO)

O advogado teve importante papel na contribuição com entidades como o Iphan nos processos de tombamento das igrejas e de outros prédios e monumentos seculares do município

O maior prazer dele era contar histórias. Em especial, da sua terra natal, Pirenópolis (GO). Para muitos, era o maior defensor da cultura e das artes locais. Chegava a travar inflamados debates públicos em defesa daquilo que acreditava.

Nascido na cidade goiana distante 150km de Brasília, o advogado Pompeu Cristóvão de Pina notabilizou-se pelo envolvimento em várias atividades culturais pirenopolinas. Ele chegou a montar um museu particular em um casarão centenário pertencente ; sua família.

Pompeu de Pina teve importante papel na contribuição com entidades como o Iphan nos processos de tombamento das igrejas e de outros prédios e monumentos seculares do município. Por isso, na primeira gestão do governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), ganhou o título de comendador cultural.

O advogado atuou como diretor de teatro e dirigiu, durante décadas, a tradicional Cavalhada de Pirenópolis. Como político, exerceu o cargo de vereador do município no início da década de 1970. Também presidiu a Conferência de Nossa Senhora do Rosário da Sociedade São Vicente de Paulo e era também membro da Academia de Letras Pirenopolina.

Após 80 anos, no entanto, Pompeu, que já vinha apresentando problemas de saúde há alguns meses, morreu em decorrência de complicações de diabetes, por volta das 22h de quarta-feira (10), ao lado de parentes e amigos. Como havia pedido aos familiares, passou os últimos dias de vida em casa, após ser internado, consecutivamente, por deficiência nos rins, depois coração.

O velório foi realizado na casa dele, na manhã desta quinta (11) e o sepultamento, às 16h, no Cemitério de Pirenópolis. Pompeu deixou sete filhos. A mulher dele, Maria Luíza, morreu há 10 meses.