postado em 15/12/2014 06:01
O secretariado a ser apresentado hoje à tarde pelo governador eleito, Rodrigo Rollemberg (PSB), não pode esperar assumir o cargo para começar os trabalhos. Concluída a primeira etapa das atividades da equipe de transição, de fazer um diagnóstico da realidade das contas e do GDF, os chefes de cada pasta ficarão responsáveis por, desde já, planejar os primeiros 120 dias de governo. E não serão poucos os nós a serem desatados pelos escolhidos. Uma série de contratos vence no início do próximo ano e espera-se que eles deem um jeito de evitar a suspensão da prestação de serviços essenciais à população. Tudo isso com um deficit nas contas públicas estimado em R$ 3,8 bilhões.No anúncio de hoje, Rollemberg confirmará uma reforma administrativa: as 39 secretarias ativas durante todo o mandato de Agnelo Queiroz (PT) agora serão, no máximo, 22. Com isso, alguns temas que hoje têm pasta exclusiva se tornarão subsecretarias vinculadas a áreas com mais peso. A nomenclatura de algumas pastas deve mudar. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, por exemplo, terá outro nome e será tocada pelo PSD, que indicou Arthur Bernardes.
O núcleo socialista esteve reunido ontem o dia inteiro para a definição dos responsáveis pelas áreas. Ficou decidido que a Casa Civil ficará com Hélio Doyle. Ele ainda comandará a comunicação do governo, incorporada à pasta. Será criada a Secretaria de Relações Institucionais, a ser chefiada pelo presidente regional do PSB, Marcos Dantas, responsável pela articulação política do governo. Para o Planejamento e Orçamento, Leany Lemos, coordenadora executiva da equipe de transição, foi a incumbida. Dos outros três chefes da equipe de transição, Paulo Salles deverá tocar a pasta de Ciência e Tecnologia, e Carlos Henrique Tomé, a de Transportes, que também terá novo nome. O terceiro, o diplomata Rômulo Neves, que estava cotado para assumir um cargo no primeiro escalão, ainda não tem função definida.
Cultura
Na Secretaria de Cultura, Rollemberg avaliou que sofreria um desgaste se nomeasse a mulher, Márcia, hoje secretária de Cidadania do Ministério da Cultura. O provável escolhido, então, será o artista Guilherme Reis. Na Saúde, provavelmente ficará o subsecretário de Atenção à Saúde da gestão de Agnelo, Ivan Castelli. Na Educação, o coordenador do tema na transição, Júlio Gregório, é o mais cotado. A decisão pode desagradar ao senador Cristovam Buarque (PDT), que reclamou, nesta semana, por não ter sido ouvido na escolha do nome. O PDT, inclusive, negociou a pasta do Trabalho, e o presidente regional da sigla, Georges Michel, será o responsável.
Outra pedetista que pode aparecer na lista a ser apresentada hoje é a deputada distrital reeleita Celina Leão (PDT). Nos bastidores, a informação é que Rollemberg a teria convidado para a Secretaria de Desenvolvimento Social e Distribuição de Renda (Sedest). Ela estaria estudando a proposta. À Sedest seriam incorporadas as atuais pastas de Criança, Idoso e Juventude. Caso a negociação avance, a ida dela para o Executivo abriria espaço para o socialista Roosevelt Vilela (PSB) na Câmara Legislativa. Para o Esporte, Leila do Volei é a principal cotada. O Meio Ambiente deve ficar por conta da Rede Sustentabilidade, legenda de Marina Silva. André Lima e Jane Vilas Boas disputavam a indicação.