Jornal Correio Braziliense

Cidades

Sindicatos esperam novos secretários com força política e poder de diálogo

Áreas como Educação, Saúde e Cultura, que reivindicaram e protestaram nas últimas semanas por melhorias, mostram expectativas com relação aos secretários escolhidos



Na saúde, o secretário escolhido foi Ivan Castelli, que foi subsecretário de Atenção à Saúde na gestão de Agnelo. Para Marli Rodrigues, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Saúde (SindSaúde), a escolha de Castelli foi vista com preocupação. "Temos que encarar para ver a intenção do governador eleito, que havia prometido mudanças. Sempre esperamos que a situação melhore, mas nem sempre isso acontece", lamenta. Sobre a crise financeira no DF, Marli acredita que ela pode ser resolvida. "Não tenho certeza se a crise é do tamanho dito, mas Brasília não pode parar. A categoria está doente, pois atende em más condições de trabalho, e a saúde não pode esperar", enfatiza.

Expectivas na Cultura

Jonathan Andrade, 32 anos, é um dos artistas do DF que se acorrentaram no gabinete da Secretaria de Planejamento, na semana passada, para cobrar o pagamento de recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). De acordo com ele, a nomeação do ator e diretor Guilherme Reis como secretário de Cultura foi encarada com otimismo pela classe. "Fiquei muito feliz, pois ele difunde a identidade cultural da cidade e é sempre bom ter como aliado alguém seja um agente de cultura", comemora.

Segundo Jonathan, a Secretaria de Cultura é vista pelos artistas como um espaço de difícil diálogo. "Trata-se de um sistema burocrático. Fiquei abalado pelo protesto, mas me reconheço lutando. Ainda quero ver muita arte no DF", diz.