Cidades

Metrô e ônibus são prioridades do futuro secretário de transporte público

O tema mais delicado e que tem gerado tensão no período de transição é o pagamento das cinco operadores responsáveis pelos ônibus

Ailim Cabral
postado em 17/12/2014 07:39
Há três assuntos que Carlos Henrique Tomé não tira da cabeça e precisa resolver o mais rápido possível. O futuro secretário de Mobilidade Urbana ; pasta que substitui a Secretaria de Transportes no novo governo ; é enfático ao falar que os problemas com o metrô, com as empresas que tomam conta dos coletivos e com as obras de infraestrutura, sem as quais a cidade pode parar. Tomé começa a partir da falta de contrato com a empresa responsável pela manutenção do metrô. Atualmente, o serviço é prestado sem amparo legal e a prestadora está com os pagamentos atrasados. Para regularizar a situação, é necessária uma nova licitação. Mas, a fim de evitar uma paralisação, Tomé planeja um contrato emergencial. ;O serviço pode ser interrompido a qualquer momento e nós queremos resolver antes que isso ocorra;, afirma o secretário.

Tomé:

O tema mais delicado e que tem gerado tensão no período de transição, entretanto, é o pagamento das cinco operadores responsáveis pelos ônibus. Tomé explica que o problema é financeiro e não esbarra, como no caso do metrô, em questões contratuais e de concessão. ;De qualquer forma, é urgente a regularização do cronograma de pagamentos;, afirma. A primeira medida, em 1; de janeiro de 2015, passa por honrar os compromissos de prestação de serviços, efetuar os pagamentos do próximo mês e evitar novas paralisações. Em seguida, regularizar o passivo da dívida, ou seja, fazer os repasses atrasados pelos serviços que já foram prestados e saldar as dívidas. Como última medida, os contratos serão revistos. ;Algumas empresas alegam um desequilíbrio econômico-financeiro, o que significa que os repasses previstos não seriam suficientes para cobrir os custos, de forma que as empresas não estariam obtendo lucro;, diz o chefe da pasta.



Obras
Os problemas com metrô e ônibus são os mais preocupantes, pois, de acordo com o secretário, ;deixam a maioria do sistema de transporte público sob risco constante de paralisação;. A terceira medida imediata da pasta tenta evitar a perda de recursos federais de investimento em obras de infraestrutura urbana de transporte. O secretário analisa que diversas obras já estariam com as verbas disponíveis e não foram iniciadas por ingerências do governo anterior. Como exemplos, mencionou o corredor de ônibus da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e a ampliação e modernização do metrô. ;É importantíssimo que essas obras sejam iniciadas o mais rápido possível para que essas verbas já destinadas não retornem à fonte. Se isso ocorrer, será mais difícil recuperá-las depois;, completa.

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