Cidades

Orçado em R$ 2,1 milhões, réveillon em cima da hora pode ficar mais caro

Desembargadora da Justiça do DF autoriza a realização dos festejos da virada, apesar do entendimento contrário do Ministério Público, do Tribunal de Contas e do próprio tribunal. Estão previstos 10 minutos de queima de fogos

postado em 23/12/2014 06:01
Queima de fogos durante a última festa da virada na Esplanada dos Ministérios: licitações liberadas para a realização do evento

Após dois meses de incertezas, o réveillon na Esplanada dos Ministérios deve mesmo acontecer. Cancelada a pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) por ;falta de equilíbrio nas contas; do governo local, a festa foi liberada no último domingo pela desembargadora Carmelita Brasil, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). A decisão ocorre dois dias depois de o mesmo órgão vetá-la (leia Entenda o caso).

A desembargadora entendeu que o GDF poderá garantir a festa da virada porque o gasto estava previsto no Orçamento do Executivo local. ;Não realizar a festividade terá resultado nocivo à população;, escreveu, na ação cautelar. Nos editais liberados por ela para a organização do réveillon, estão previstos gastos com show pirotécnico de 10 minutos, painéis de LED, banheiros químicos, cobertura piramidal e estrutura metálica para o palco. Não foram divulgadas as atrações musicais.

O MPDFT estuda a possibilidade de recorrer da decisão. A promotora Cristina Rascia, uma das autoridades responsáveis pelo pedido de suspensão do evento, afirmou na semana passada que ;a Constituição Federal prevê uma prioridade nos gastos com o dinheiro público; e que, por isso, ;não deve haver festa enquanto as contas não forem todas acertadas;.

Inicialmente orçado em R$ 2,1 milhões, o réveillon pode sair mais caro do que o previsto, pois, a poucos dias da data, é possível que o preço do serviço emergencial pese mais para os cofres públicos. ;Eventos feitos às pressas sempre ficam mais caros. Nem sempre tem aquilo o que queremos, aí, pagamos mais por algo que vale menos;, alerta o produtor cultural brasiliense João Pedro Malheiros.

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