Cidades

Voluntários da capital ajudam pessoas a superarem a solidão e a tristeza

Em tempos de Natal e ano-novo, aumenta a quantidade de moradores que recorrem ao Centro de Valorização da Vida, um serviço 24h

Isa Stacciarini
postado em 23/12/2014 07:03
Manoel Alves Filho, 75 anos, é voluntário há 10 anos
As festas de fim de ano e o espírito natalino inspiram solidariedade, confraternização e reuniões regadas a felicidade para boa parte das pessoas. Contudo, para outros, é o momento em que a solidão bate à porta, acompanhada da tristeza. O Natal e o ano-novo são o período em que o Centro de Valorização da Vida (CVV) recebe mais chamadas com pedidos de ajuda. Seja por telefone, seja pessoalmente, os voluntários acolhem com apoio emocional e compreensão. As histórias de atendimento terminam, quase sempre, com um desfecho de superação.

O acolhimento dura, em média, uma hora. Esse é o tempo em que mulheres e homens, na faixa dos 20 aos 50 anos, em média, desabafam à procura de conforto. Diante de uma voz até então desconhecida, as pessoas buscam amparo para os problemas pessoais. Quem telefona geralmente passa por momentos depressivos, como o fim de relacionamentos amorosos, o envolvimento de filhos com drogas e doenças, como o câncer e a Aids.

Durante os atendimentos, a premissa básica é o respeito ao próximo, com base nos ensinamentos do psicólogo norte-americano Carl Rogers: a abordagem é centrada na pessoa, acreditando que as melhores soluções para os problemas pessoais estão no interior de cada um. Este ano, até novembro, o CVV realizou 2.165 atendimentos. Em 2013, foram 2.177 telefonemas no mesmo período.

Há 10 anos como voluntário do CVV, Manoel Alves Filho, 75 anos, já atendeu histórias das mais comoventes. Os casos são sigilosos, mas o militar da reserva confessou que a emoção, às vezes, fala mais alto. O cerne dos acolhimento é fazer com que o outro se sinta à vontade para verbalizar os sentimentos. ;A fundamentação dos atendimentos é a confiança e o princípio básico de que nem tudo está perdido. Há um fio de esperança e aqui não existe julgamento nem direcionamento. A tendência é a aceitação incondicional e o respeito ao sentimento das pessoas;, contou.

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