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Gambá é visto em emergência pediátrica de hospital da rede pública

A secretária de Saúde define o episódio como uma forma de "boicote e chantagem" dos funcionários terceirizados

A paralisação dos funcionários terceirizados das limpezas nos hospitais têm rendido situações de extrema precariedade e insegurança no serviço de saúde do Distrito Federal. Lixos enfileirados nos corredores, sacolas no telhado e até um gambá são vistos nas instalações de unidade de saúde.

O incidente com o animal ocorreu na emergência pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), na 608 Sul. De acordo com os servidores o bicho foi encontrado na semana passada.

O mal-cheiroso incidente insurgiu em meio a uma crise generalizada no fim da gestão de Agnelo Queiroz. Os terceirizados alegam, assim como fizeram garis na última terça-feira (23/12), que não receberam a segunda parcela do 13; salário. A questão dos lixeiros acabou resolvida, mas os responsáveis pela limpeza dos hospitais continuam sem receber.



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A secretária de Saúde do DF, Marília Coelho Cunha, afirmou que a dívida do governo com a empresa não é responsável pela falta de pagamento dos funcionários. "Temos um contrato anual de R$ 140 milhões com eles,. Já pagamos R$ 115 milhões. Como eles não têm dinheiro?", questionou.

Além disso, Cunha acredita que a presença do animal seja um "boicote e chantagem" dos próprios funcionários. "Os terceirizados impediram os funcionários do SLU (Serviço de Limpeza Urbano) de entrarem nos hospitais. Acreditamos que a história do gambá seja uma forma de boicote e chantagem. Tivemos de acionar a polícia para recolher esse lixo", prosseguiu.