postado em 30/12/2014 14:28
Um tenente da Aeronáutica deu voz de prisão a um funcionário da companhia aérea TAM, no Aeroporto Internacional de Brasília - Presidente Juscelino Kubitschek, após uma briga entre o militar, a mulher dele e o empregado da empresa. A confusão teve início depois que o casal, que tinha passagens com destino a Curitiba (PR), perdeu o voo. A Polícia Civil apura o incidente, que ocorreu nesta segunda-feira (29/12), e aguarda as imagens das câmeras de segurança do aeroporto para concluir as investigações.
O tenente e a mulher aguardavam o voo no portão 29 - mas a TAM transferiu o embarque para o portão 19. Quando o casal chegou ao local correto, o funcionário da companhia aérea teria avisado que o embarque havia sido encerrado. Segundo as investigações policiais, os três discutiram e o tenente deu voz de prisão ao empregado.
A Polícia Federal prestou o primeiro suporte, até a chegada da Polícia Civil, que conduziu o trio para a 10; Delegacia de Polícia (Lago Sul). Em depoimento, o funcionário alegou ter recebido um soco da passageira. Já o casal afirmou que o empregado da TAM fez piada com a situação e os agrediu verbalmente. Após prestarem esclarecimentos, os três foram liberados.
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O código de processo penal diz que qualquer cidadão pode dar voz de prisão, caso seja vítima ou presencie algum crime.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou estar ciente do caso, mas que não foi comunicada oficialmente. A asessoria nde comunicação da Inframerica, responsável pelo aeroporto, indica que o consórcio acionou a Polícia Federal para os primeiros procedimentos de segurança e prestou todo apoio necessário.
A TAM comunicou que todas as normas de embarque regidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) foram seguidas. A empresa informou ainda que vai colaborar e prestar esclarecimentos à Justiça quando for necessário.
Outro caso
Em menos de um mês, um caso semelhante foi registrado em Imperatriz (MA). O juiz Marcelo Testa Baldochi deu voz de prisão a funcionários da TAM. O incidente ocorreu logo após o juiz ter sido informado que não poderia embarcar na aeronave com destino a São Paulo, pois a chamada tinha sido encerrada e a porta de embarque estava fechada há sete minutos antes da chegada do passageiro.
Três funcionários foram levados para a delegacia. A conduta do juiz será investigada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).