Isa Stacciarini
postado em 31/12/2014 22:21

Foi em clima de homenagem aos orixás que ao menos 3 mil pessoas começaram as festividades de ano-novo na Prainha. Adeptos do candomblé ascenderam velas e preparam oferendas para Iemanjá, Oxum e Ogum. Vestidos de branco, o público aguarda para entregar os oferendas, tradição realizada às 0h.
Segundo o presidente da Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília, Rafael Moreira, ao menos 10 mil pessoas devem comparecer ao local da cerimônia na virada do ano. Moreira informou ainda que o Governo do Distrito Federal disponibilizou este ano R$ 125 mil para custear a estrutura e o cachê dos artistas. O repasse foi feito por meio de licitação. Devido a crise financeira que o Distrito Federal enfrenta, a queima de fogos e a cascata de luzes foram canceladas. O espetáculo pirotécnico ocorrerá apenas na Esplanada dos Ministérios.
O vigilante Carlos Roberto da Silva, 46 anos, e a esposa Rosana Moraes moram do Guará e festejam a virada do ano na Prainha pela primeira vez. Rosana disse que conheceu o candomblé este ano e se identificou com a cultura. "O ano-novo é um momento de renovação e uma oportunidade de ficar perto da família e de renovar os votos com Deus", disse Rosana. "A mudança do ano significa harmonia, paz e saúde. É isso que pedi para os orixás, principalmente o respeito com o próximo e o fortalecimento do calor humano que o mundo tanto precisa", completou Carlos.
Para garantir a segurança na Prainha estão 13 militares e duas viaturas, além de duas lanchas dos Bombeiros.