postado em 06/01/2015 09:20
Ainda criança, Igor Cobelo pedalava para todos os lugares. Não mudou de ideia quando aprendeu a dirigir. ;Preferi continuar usando a bicicleta;, conta o estudante de engenharia florestal. Aos 23 anos, ele mora com o filho de 3 e nenhum dos dois tem a rotina prejudicada pelo meio de transporte escolhido. ;Eu levo o Manoel para a creche, vou para a UnB e para o trabalho de bicicleta.; Na época de chuva, o transporte público vira a principal alternativa da dupla. ;É uma opção que também precisa ser incentivada, até porque tem gente com problema de saúde e que não pode se locomover para longas distâncias com a bicicleta, além das pessoas que moram muito longe.;
A preocupação de Igor com a sustentabilidade vai além da locomoção. ;O que me motivou a escolher o curso de engenharia florestal foi a minha consciência ambiental. Além disso, procuro passar para o meu filho coisas simples nesse sentido e que não são ensinadas nas escolas.; Manoel, por exemplo, gosta de observar a natureza na companhia do pai. ;Quando estamos andando de bicicleta, vemos muitas coisas que não veríamos do carro. Ele fala do Sol, observa as plantas, os animais;, conta Igor. ;Além disso, ela faz bem à saúde. É uma forma prazerosa de se transportar.;
Um dos únicos problemas que o jovem aponta sobre o uso regular de bicicleta é o desrespeito no trânsito. ;Os motoristas de carro, às vezes, esquecem que a bicicleta é um meio de transporte;, lamenta. Mesmo assim, o universitário não se sente desmotivado a continuar pedalando. ;Eu acho que, quanto mais bicicletas nas ruas, mais os carros e as pessoas vão entender que há uma necessidade de se conscientizar;, explica.
O discurso de Igor tem se espalhado pelas cidades. Uma pesquisa da National Geographic Society em parceria com a GlobeScan Study aponta que a preocupação da sociedade com o meio ambiente cresceu de 2012 a 2014. O índice Greendex mostra que a parcela da população que teme as consequências da degradação ambiental passou de 56% para 61%. Houve também um aumento das práticas sustentáveis e da mudança de comportamento, mas em um ritmo menor. Não há uma porcentagem desse quesito, mas a informação de que as práticas aumentaram na Argentina, na Austrália, na Hungria, na Índia, no México, na Rússia, na Suíça, na Coreia do Sul e no Reino Unido. O Brasil está em quarto lugar no ranking dos países que mais adotam práticas sustentáveis e não mudou de posição no período analisado.
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