Cidades

Falta de remédios e leitos na UTI compromete tratamento de pacientes

Servidores e acompanhantes de pacientes contam que a falta de remédios e de vagas na UTI no maior hospital do Distrito Federal pode acarretar mortes. O secretário de Saúde fez ontem a primeira reunião para dar uma solução para o desabastecimento

Isa Stacciarini
postado em 07/01/2015 06:57
Sandra e Adriano estão com parentes no Hospital de Base: compra de remédio com o próprio dinheiro e falta de elevadores no local
A crise que se instalou no Distrito Federal no fim do ano passado tem comprometido o estoque de medicamentos do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Médicos da unidade de saúde denunciam a falta de remédios há, pelo menos, três meses e dizem que a situação se agravou nos últimos dias. Sem antibióticos, sedativos e corticoides, o tratamento dos pacientes pode ficar comprometido e até levar à morte. A falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também preocupa os profissionais.

A Secretaria de Saúde informou, por meio de nota, que o gabinete de situação fez ontem a primeira reunião para discutir os próximos passos. No encontro, esteve presente o titular da pasta, João Batista de Sousa. De acordo com o órgão, o gabinete vai priorizar o abastecimento de medicamentos e insumos em toda a rede e o restabelecimento da folha de pagamento e a gestão de pessoal. O trabalho do grupo também prevê o levantamento e a análise de contratos firmados para a prestação de serviços, como limpeza de hospitais, alimentação, leitos de UTI e manutenção de equipamentos.
Enquanto a situação não melhora, os médicos fazem malabarismos para ministrar os poucos medicamentos que restam nas prateleiras. ;Temos três ou quatro tipos de antibióticos para tratar de tudo, desde uma amidalite até uma infecção hospitalar;, denunciou uma médica, que pediu para ter a identidade preservada. Segundo relatos dos profissionais, faltam remédios essenciais como, por exemplo, anticoagulantes para evitar que pacientes internados morram devido a uma trombose.

Além dos remédios, a falta de leitos de UTI se tornou um problema para os médicos. Sem vagas e sem poder transferir pacientes para leitos da rede conveniada, há relatos diários dessa espera. ;Eles ficam entubados e costumam esperar de sete a 14 dias nessa situação. Temos pessoas internadas no pronto-socorro de duas a três semanas, sendo que esse período não poderia passar de 48 horas;, relatou a mesma profissional.

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