Cidades

Desfile de escolas de samba do DF não terá competição nem arquibancadas

Falta de dinheiro obriga escolas de samba a organizar festa enxuta, sem arquibancadas ou premiação. Governo tentará intervir para que a iniciativa privada ajude no financiamento

Luiz Calcagno
postado em 08/01/2015 07:05
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O Distrito Federal terá um carnaval enxuto. Depois de o Governo do Distrito Federal confirmar que não repassará o dinheiro para a folia, a União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo do Distrito Federal (Uniesbe) fará os desfiles sem competição, o número de dias da festa cairá de três para dois e as apresentações serão feitas em área pública, sem as arquibancadas. Esse foi o resultado da reunião entre o presidente da Uniesbe, Geomar Leite, o Pará, o secretário de Turismo, Jaime Recena, e o governador Rodrigo Rollemberg. Na próxima segunda-feira, Pará e Recena voltarão a se encontrar para discutir o apoio de empresas ao evento.

Paralelamente, o secretário e o governador vão procurar a área jurídica do Palácio do Buriti para discutir a aplicação da Lei n; 4.738, de 29 de dezembro de 2011, que determina a responsabilidade do GDF em pagar ;a infraestrutura, os serviços públicos de apoio e a divulgação necessários à realização do carnaval do Distrito Federal;. Recena lembra que ao menos a primeira parcela dos R$ 6,35 milhões aprovados pela gestão passada para o evento de 2015 deveria ter sido paga em outubro, o que não ocorreu.
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Na tarde de ontem, Recena disse que montará um plano de ação em conjunto com as escolas e a liga dos blocos, para buscar a iniciativa privada. De acordo com o secretário, os representantes das agremiações e dos blocos tradicionais foram compreensivos em relação à posição do governo. ;Eles entendem que esse é um problema que herdamos. Sabem que existem outras situações emergenciais e isso é importante para enfrentarmos todas as dificuldades que temos pela frente. A esperança de fazer o carnaval existe. Estamos empenhados e esperançosos de encontrar uma saída satisfatória para todos;, disse.

O presidente da Uniesbe manifestou insatisfação com o cancelamento da verba. Segundo ele, as escolas devem cerca de R$ 1,4 milhão em material e R$ 2 milhões em mão de obra, que foram empenhadas com a garantia de que o governo cumpriria a lei e manteria o financiamento. ;Estamos buscando alternativas para sanarmos essas dívidas. Vamos garantir a apresentação das escolas de samba reduzida. Usaremos as fantasias confeccionadas e queremos todas as agremiações presentes.;

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