Cidades

Pais buscam sebos para tentar reduzir gastos com início de ano letivo

O alto preço do material didático exigido pelas escolas pode ser reduzido se os pais optarem por livros usados. A despesa chega a ficar até 50% menor, segundo comerciantes

Isa Stacciarini
postado em 08/01/2015 07:06
Há quatro anos, a professora Luana Oliveira Prestes compra os livros da filha mais velha, Lorena (E), em sebos:
As despesas financeiras de janeiro pesam no bolso dos brasilienses e exigem planejamento. Entre as contas que mais preocupam os consumidores está a lista de material escolar. Este ano, as compras podem sofrer um aumento de 7% a 8% se comparadas a 2013. A estimativa é do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do Distrito Federal (Sindipel-DF), que alerta: o custo total de uma lista para um aluno do 1; ano do ensino médio pode chegar a R$ 1,7 mil. Uns dos itens mais caros são os livros didáticos exigidos pelas escolas. Para driblar os valores cobrados pelas livrarias, muitos pais optam pelos sebos na tentativa de encontrar os exemplares. Especialistas e donos dos estabelecimentos acreditam que a prática pode gerar uma economia de até metade do preço.

Os preços dos livros novos do ensino fundamental variam de R$ 120 a R$ 145, enquanto os de ensino médio podem oscilar entre R$ 170 e R$ 200. Em uma escola particular da Asa Sul, a relação de obras para cada aluno do 1; ano do ensino médio chega a 17 exemplares, sem contar os títulos indicados para o Programa de Avaliação Seriada (PAS) exigidos pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe). Diante disso, muitos pais se esforçam para economizar.
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Um exemplar novo da disciplina de artes para o 2; ano do ensino médio custa R$ 138, mas, na livraria Pindorama, na 505 Sul, o mesmo item, usado, pode ser comprado por R$ 85. Outro título, de história da arte, voltado para estudantes do 1; ano do ensino médio, sai por R$ 170 em livrarias convencionais. No Sebo, o valor é de R$ 89. No fim das contas, a diferença total pode resultar em uma contenção de gastos de até 50%, segundo o proprietário da Pindorama, Luiz Alves Morais, 41 anos.

Ele explicou que, nos primeiros meses do ano, a procura por livros didáticos aumenta 80% no estabelecimento. O acervo é de aproximadamente 80 mil obras, incluindo as áreas escolar, técnica, filosófica e de ciências humanas. ;Os clientes vêm por uma questão imperativa de comprar os livros mais baratos. A rotatividade, inclusive, não deixa exemplares didáticos parados nas estantes. Aqueles que já têm o hábito procuram primeiro os sebos para encontrar os livros e, mesmo que alguns não estejam em bom estado de conservação, eles acabam levando e revitalizando;, destacou Morais.

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