postado em 10/01/2015 07:40
Numa cidade de vias amplas e tráfego intenso, controladores de velocidade garantem a segurança de motoristas e pedestres. Mas quem circula pelas ruas da capital federal encontra radares de vários tipos, o que deixa dúvidas sobre a função cada um. No fim do ano passado, o Departamento de Trânsito (Detran) começou a instalar novos medidores eletrônicos capazes não só de monitorar o trânsito como identificar em tempo real carros roubados ou com dívidas ativas (veja Radiografia). Mas há críticas sobre a poluição visual causada pelos aparelhos.
O diretor interino da autarquia, Jayme Amorim de Souza, explica que a implantação dos controladores de velocidade inteligentes continuará em 2015. ;É uma das metas da minha gestão. A licitação está em fase de análise;, afirmou (leia mais sobre o novo chefe do órgão abaixo).
Os equipamentos contam com funções mais eficientes para a fiscalização do trânsito, como detalha o professor de engenharia do tráfego da Universidade de Brasília (UnB) Paulo César Marques. ;Para funcionar, os pardais antigos precisavam que fosse feito um corte no asfalto, onde era colocado um fio condutor. Este criava um campo magnético capaz de registrar a velocidade em que os carros passavam pelo local. Os novos dispositivos não precisam disso, pois usam câmeras para fazer o monitoramento;, revela.
Para alguns brasilienses, os aparelhos modernos terão um impacto positivo na segurança. ;O fato de eles serem mais visíveis incentiva os condutores a respeitarem mais os limites de velocidade. Além disso, se os radares podem identificar carros roubados, isso tem muitas vantagens;, defende a psicóloga Patricia Souza, 34 anos, moradora do Guará. ;Os novos pardais são muito necessários. Fazem com que os motoristas sigam as normas mais rigorosamente;, endossa o técnico Rubens Cleiton Barbosa, 38, que vive em Formosa (GO), mas trabalha em Brasília.
Os radares localizados perto de semáforos ficam em barras de metal, suspensos sobre as vias. Por isso, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no DF (Iphan) argumenta que a solução é visualmente poluidora. ;A sinalização não agride os preceitos estabelecidos para a preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília. No entanto, trata-se de uma intervenção sem apuro estético e que deve ser revista pelo governo;, cobra o superintendente do órgão, Carlos Madson Reis. Ele informa que o debate da questão com autoridades do GDF está previsto na agenda de trabalho do Iphan para este ano.
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