postado em 19/01/2015 06:01
A greve dos médicos vai até, pelo menos, quarta-feira. Em reunião na sede do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), ontem, representantes do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) apresentaram a contraproposta deles: o governo deve quitar todos os atrasos com os servidores até março. Um dos pontos-chave para o início da paralisação, decidida em assembleia na quinta-feira, deu-se no anúncio do parcelamento dos pagamentos em três etapas, até o fim de outubro. O GDF afirma que vai estudar a situação e estar presente na reunião da categoria na quarta-feira, quando os profissionais da saúde decidem pela volta ou não aos trabalhos.
Um dos presentes no encontro de ontem, o secretário de Relações Institucionais e Sociais do DF, Marcos Dantas, citou ;avanço; nas negociações. ;Os médicos apresentaram as propostas, nós vamos estudá-las bem e estaremos na assembleia deles, quarta-feira;, afirmou. Amanhã, uma nova reunião entre o governo e a categoria está marcada para discutir os resultados da análise.
O presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, ressaltou ser ;inaceitável; o pagamento em parcelas. ;Queremos tudo pago até março. Salário é no quinto dia útil do mês;, afirmou. ;Pagamento em parcelas é inaceitável, não existe;, reiterou.
Grávidas
Uma equipe do Correio esteve no fim da manhã de ontem no Centro Obstetrício do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e encontrou uma fila de mulheres no fim da gravidez. Segundo a técnica de enfermagem responsável pelo atendimento, não havia médicos naquele momento, portanto apenas o acolhimento das pacientes seria feito. Há que se lembrar que o governo não paga as horas-extras aos médicos desde outubro. Nos últimos meses, a classe tem optado por não trabalhar além do horário.
A situação de Jeissyane Pereira, 15 anos, gestante de nove meses, era uma das mais difíceis. Ela e a mãe, Maria Lúcia Alencar, 47, tinham ido de Águas Lindas (GO) ao HRC na noite de sábado. O médico presente à unidade recomendou que a gestante caminhasse um pouco e voltasse no dia seguinte por volta das 7h, segundo Maria Lúcia. Ontem, porém, a bolsa da filha estourou. ;A bolsa dela rompeu no caminho, o líquido caiu, nós estamos aqui desde antes do horário dito pelo médico. E o que eles me dizem? Que não tem médico;, protestou.
No Hospital Regional de Taguatinga, a UTI neonatal está fechada desde sexta-feira. A Vigilância Sanitária fechou a unidade de saúde por conta de uma infiltração, com receio de a água contaminada descer do teto. Atendimentos são feitos apenas para pacientes em emergência ou urgência grande.
A secretária Kelly Cássia Fernandes, 23 anos, levou a filha Maria Eduarda Sousa, 5, que reclamava de dores no ouvido desde o dia anterior. ;Quando deveria ser atendida, a recepcionista me perguntou: ;sua filha está morrendo?; e acrescentou que, se não estivesse, não seria atendida;, disse.
Educação
Representantes do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) ameaçam não começar o ano letivo. Uma reunião entre representantes da entidade e do GDF está marcada para amanhã, às 14h30, no Palácio do Buriti. ;Precisamos de 13; salário e férias. Se não nos pagarem, não daremos aula;, afirmou Cláudio Antunes, diretor do Sinpro-DF.
Um dos presentes no encontro de ontem, o secretário de Relações Institucionais e Sociais do DF, Marcos Dantas, citou ;avanço; nas negociações. ;Os médicos apresentaram as propostas, nós vamos estudá-las bem e estaremos na assembleia deles, quarta-feira;, afirmou. Amanhã, uma nova reunião entre o governo e a categoria está marcada para discutir os resultados da análise.
O presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, ressaltou ser ;inaceitável; o pagamento em parcelas. ;Queremos tudo pago até março. Salário é no quinto dia útil do mês;, afirmou. ;Pagamento em parcelas é inaceitável, não existe;, reiterou.
Grávidas
Uma equipe do Correio esteve no fim da manhã de ontem no Centro Obstetrício do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e encontrou uma fila de mulheres no fim da gravidez. Segundo a técnica de enfermagem responsável pelo atendimento, não havia médicos naquele momento, portanto apenas o acolhimento das pacientes seria feito. Há que se lembrar que o governo não paga as horas-extras aos médicos desde outubro. Nos últimos meses, a classe tem optado por não trabalhar além do horário.
A situação de Jeissyane Pereira, 15 anos, gestante de nove meses, era uma das mais difíceis. Ela e a mãe, Maria Lúcia Alencar, 47, tinham ido de Águas Lindas (GO) ao HRC na noite de sábado. O médico presente à unidade recomendou que a gestante caminhasse um pouco e voltasse no dia seguinte por volta das 7h, segundo Maria Lúcia. Ontem, porém, a bolsa da filha estourou. ;A bolsa dela rompeu no caminho, o líquido caiu, nós estamos aqui desde antes do horário dito pelo médico. E o que eles me dizem? Que não tem médico;, protestou.
No Hospital Regional de Taguatinga, a UTI neonatal está fechada desde sexta-feira. A Vigilância Sanitária fechou a unidade de saúde por conta de uma infiltração, com receio de a água contaminada descer do teto. Atendimentos são feitos apenas para pacientes em emergência ou urgência grande.
A secretária Kelly Cássia Fernandes, 23 anos, levou a filha Maria Eduarda Sousa, 5, que reclamava de dores no ouvido desde o dia anterior. ;Quando deveria ser atendida, a recepcionista me perguntou: ;sua filha está morrendo?; e acrescentou que, se não estivesse, não seria atendida;, disse.
Educação
Representantes do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) ameaçam não começar o ano letivo. Uma reunião entre representantes da entidade e do GDF está marcada para amanhã, às 14h30, no Palácio do Buriti. ;Precisamos de 13; salário e férias. Se não nos pagarem, não daremos aula;, afirmou Cláudio Antunes, diretor do Sinpro-DF.