postado em 19/01/2015 07:37
No armário das mulheres de Brasília, o bege e as estampas dividem o mesmo lugar e podem ser usados no mesmo look. Elas misturam na roupa a aparência de um trabalho formal no serviço público com a ousadia das cores e dos tecidos floridos. Pode ser apenas um terninho preto, mas a composição terá algo para descontrair, como um sapato colorido ou uma blusa estampada. A cidade surgiu da mistura de gostos e temperos, e isso se reflete hoje também no estilo de consumo de moda característico da cidade. De acordo com pesquisadores da área e profissionais do universo fashion candango, a brasiliense é contemporânea e resgatou traços culturais do mundo e de outros lugares do país.
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Apesar da mistura de referências, vindas das embaixadas, dos profissionais da área pública e também da liberdade carioca, por exemplo, a capital constrói o próprio perfil de tendências. ;A brasiliense é extremamente ligada à moda, mas tem características diferentes. Ela se preocupa com o que vai apresentar no trabalho, seja ele qual for, uma atitude derivada do profissionalismo da paulista. Mas também adere a um pouco de ousadia da carioca. A consumidora vê a moda do Rio e busca a cor e a descontração. Vê a moda de São Paulo e busca a classe e a elegância;, descreve a consultora de estilo Márcia Flausino.
Ela estuda o tema moda e consumo há mais de dois anos, com um grupo de pesquisadores da Universidade Católica de Brasília (UCB) e da Universidade de Brasília (UnB), além de convidados e colaboradores. A ideia é ver como esses elementos se articulam na cidade.
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Apesar da mistura de referências, vindas das embaixadas, dos profissionais da área pública e também da liberdade carioca, por exemplo, a capital constrói o próprio perfil de tendências. ;A brasiliense é extremamente ligada à moda, mas tem características diferentes. Ela se preocupa com o que vai apresentar no trabalho, seja ele qual for, uma atitude derivada do profissionalismo da paulista. Mas também adere a um pouco de ousadia da carioca. A consumidora vê a moda do Rio e busca a cor e a descontração. Vê a moda de São Paulo e busca a classe e a elegância;, descreve a consultora de estilo Márcia Flausino.
Ela estuda o tema moda e consumo há mais de dois anos, com um grupo de pesquisadores da Universidade Católica de Brasília (UCB) e da Universidade de Brasília (UnB), além de convidados e colaboradores. A ideia é ver como esses elementos se articulam na cidade.
A origem
Para Márcia, o movimento começou há cerca de 10 anos, quando marcas originalmente cariocas começaram a chegar à capital. ;Sou da época em que não havia shopping. O comércio começava nas quadras 16 Sul, na W3, e a gente ia andando procurando sapataria e roupa. A outra opção era esperar as sacoleiras virem do Rio de Janeiro trazendo coisas diferentes;, conta. Quando os itens de desejo aterrissaram na capital, as brasilienses foram ávidas atrás desse consumo. ;Era um entusiasmo e um desejo muito grande de comprar esses itens;, comenta a consultora.
Ao andar por pontos de grande circulação de Brasília, como a Rodoviária do Plano Piloto ou um shopping qualquer, é possível comprovar as observações dos pesquisadores. A funcionária pública Selma Pereira da Costa, 52 anos, define o estilo de roupas que usa como básico e clássico, principalmente quando o que está em pauta é uma reunião profissional.
;Mas adoro mesclar com alguma estampa ou cor vibrante. Só não pode ter excesso no trabalho;, explica. A consumidora confessa que uma das lojas preferidas é uma marca do Rio de Janeiro que produz tecidos e desenhos exclusivos. ;Conversar sobre moda é sempre um assunto recorrente entre minhas amigas, mas, apesar de gostar, tenho meu próprio estilo e o sigo;, afirma.