Jornal Correio Braziliense

Cidades

Puxadinhos se perpetuam em Brasília; em abril vence prazo para adequação

Donos de lojas nas asas Sul e Norte aproveitam a ausência de normas para ocupar como bem entendem o espaço em volta das quadras comerciais

A Lei dos Puxadinhos se arrasta em prazos há quatro anos, sem consenso entre governo e comerciantes. O Plano de Preservação de Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub), que poderia dar um fim às discussões, levantou polêmicas nem sequer chegou à votação na Câmara Legislativa. Enquanto isso, donos de lojas nas asas Sul e Norte aproveitam a ausência de normas para ocupar como bem entendem o espaço em volta das quadras comerciais. A invasão de área pública ocorre há décadas, fere o tombamento e disputa lugar com pedestres.
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Enquanto o novo prazo para a adequação da lei ; em abril ; não se esgota, é fácil encontrar puxadinhos de todo tipo no Plano Piloto. A reportagem do Correio percorreu algumas quadras e verificou irregularidades em diversos locais. Na 204 Sul, os donos de um bar fecharam com cerca de arame e plantas um espaço que invade a calçada, em nome do atendimento aos clientes. Mesmo sem o comércio estar em funcionamento, móveis impedem o livre acesso dos pedestres. Mas essa situação deverá ser alterada, pois os comerciantes só têm mais dois meses para se adequar às regras (veja Entenda o caso).

A tradutora Marina Rego, 67 anos, moradora da 309 Sul, tem uma posição mais radical. ;Não deveriam existir puxadinhos: Brasília é tombada. Só uma cidade sem história é permissiva a esse ponto;, ataca. Na quadra onde vive, muitas lojas colocaram grades devido à violência, segundo ela. ;Resolve-se um problema, mas se cria outro. A ausência do Estado é uma grande sombra que faz crescer todas essas ervas daninhas.;

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