postado em 23/01/2015 07:11
A situação nos hospitais públicos do DF permanece crítica, apesar do estado de emergência decretado no início da semana pelo governo. Os exemplos espalham-se. A telefonista Leiliane da Cunha, 36 anos, precisou buscar roupa de cama limpa em casa para o pai, internado há dois meses no Hospital Regional do Gama (HRG) com problemas nos rins e no coração, pois na unidade não tinha. ;Ainda faltam os medicamentos. Os mais importantes, a médica pediu para a gente comprar;, relatou o patriarca, Luiz Carlos de Campos, 64 anos, que ontem saiu para fazer exames em outro hospital para confirmar a necessidade de uma cirurgia.
O Correio percorreu, ontem, várias unidades da rede a fim de acompanhar as dificuldades enfrentadas pela população do DF e do Entorno. Com uma ressonância magnética em mãos, Tereza Rodrigues Coimbra, 54 anos, saiu de Água Fria (GO) em um carro da prefeitura para uma consulta no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), numa viagem de 144km. Ela e a irmã, Maria Rodrigues Coimbra, 56 anos, chegaram à unidade às 7h.
Tereza sofre com um câncer e sentia fortes dores no fígado. Perto da hora marcada para a consulta, às 13h, um auxiliar informou que o médico não aparecereria e, em decorrência da greve dos vigilantes, o ambulatório seria fechado. As duas irmãs ficaram à espera do carro da prefeitura para levá-las de volta, sentadas no chão ao lado da unidade. ;Remarcaram o atendimento para a próxima quinta-feira. Mas ela está com o fígado inchado e sentindo muita dor. Ficamos aguardando para nada;, relatou a irmã. ;Falaram que se ela passar muito mal, era para voltar direto para a emergência;, completou.
Tereza sofre com um câncer e sentia fortes dores no fígado. Perto da hora marcada para a consulta, às 13h, um auxiliar informou que o médico não aparecereria e, em decorrência da greve dos vigilantes, o ambulatório seria fechado. As duas irmãs ficaram à espera do carro da prefeitura para levá-las de volta, sentadas no chão ao lado da unidade. ;Remarcaram o atendimento para a próxima quinta-feira. Mas ela está com o fígado inchado e sentindo muita dor. Ficamos aguardando para nada;, relatou a irmã. ;Falaram que se ela passar muito mal, era para voltar direto para a emergência;, completou.