postado em 31/01/2015 07:01
A Universidade de Brasília (UnB) tem seis meses para definir e implementar medidas que possam garantir o conforto térmico em diversas salas de aula do câmpus Darcy Ribeiro, nas quais alunos e professores são expostos ao calor excessivo. O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou recomendação ao reitor da instituição, Ivan Camargo, na quinta-feira, e estabeleceu um prazo de 30 dias para que o gestor responda como pretende resolver o problema. De acordo com a procuradora responsável pelo caso, Luciana Loureiro, se houver descumprimento, o MPF poderá entrar com uma ação civil pública contra a UnB.;Em outubro de 2014, recebemos a denúncia de um aluno a respeito do calor excessivo e constante dentro das salas de aula. A situação ficaria ainda mais grave no período da seca;, explica a procuradora. De acordo com o relato, os locais mais atingidos são os pavilhões Anísio Teixeira e João Calmon, além do Instituto Central de Ciências (ICC) ; também conhecido como Minhocão ; e do Bloco de Salas de Aula Sul (BSA). Uma apuração preliminar do MPF confirmou a falta de climatização adequada nesses locais. ;Pedimos esclarecimentos à universidade, que reconheceu a existência do problema;, acrescenta Loureiro.
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Segundo estudantes e funcionários da instituição, lidar com as altas temperaturas e a falta de ventilação nos prédios do câmpus não é tarefa fácil. É o que contam as alunas do 3; semestre do curso de direito Júlia Cecchele, 19 anos, e Luisa Faria, 18. ;Seria muito mais agradável poder estudar em um local mais fresco. Além disso, os bebedouros de vários lugares estão quebrados. Quando o calor está muito forte, às vezes precisamos caminhar até outros prédios, em horário de aula, para poder beber água;, diz Luisa. ;A situação é ainda pior nos anfiteatros. Eles são muito abafados e, nos que têm ar-condicionado, o aparelho não funciona;, completa Júlia. Quem trabalha na UnB também sofre com a questão. ;Já pedimos diversas vezes à prefeitura para que alguma providência seja tomada, mas, até agora, nada;, relata a auxiliar técnica Bárbara Larissa Correia, 19.
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