Cidades

Servidores do MPU fazem protesto em frente ao Ministério do Planejamento

O objetivo foi pressionar o governo a incluir na Lei Orçamentária (LOA), que será votada no Congresso Nacional

Vera Batista
postado em 10/02/2015 16:39
Cerca de 150 servidores do Ministério Público da União (MPU) e do Conselho do MP (CNMP), em greve desde o último dia 4, fizeram uma manifestação em frente ao Ministério do Planejamento (MPOG), no início da tarde. Com faixas e cartazes, reivindicavam 56% de reposição inflacionária, referente a nove anos de perdas do poder aquisitivo. Segundo informações do Sindicato Nacional da categoria (Sinasempu) o ato aconteceu, simultaneamente, em 96 unidades, em 15 Estados e no Distrito Federal.



O objetivo foi pressionar o governo a incluir na Lei Orçamentária (LOA), que será votada no Congresso Nacional, no dia 24 de fevereiro, os recursos para a recomposição dos ganhos mensais. ;O Executivo está agindo como se o MPU não fosse independente. Isso fere a Constituição. A presidente Dilma tem que negociar as nossas tabela com o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, assim como fez com o Judiciário;, disse Marcos Silva, o Marcão, diretor do Sinasempu.

O impacto do aumento, explicou o sindicalista, é de R$ 1,6 bilhão, em seis parcelas até 2017. A primeira parte, a ser paga a partir de julho desse ano, é de R$ 300 milhões. A previsão é de que, ao final dos ajustes, os salário mensais para profissionais de nível superior passe de R$ 8 mil (início de carreira) a R$ 13 mil (fim de carreira) para R$ 9,8 mil a R$ 20 mil. Para os servidores de nível técnico, a melhoria será dos atuais R$ 5,4 mil a R$ 9 mil, para R$ 8 mil a R$ 12 mil.

;Queremos apenas nossos direitos. O governo privilegiou ajustes no orçamento para elevar o superávit primário (economia para pagar os juros da dívida), mas ao mesmo tempo precisa de servidor qualificado e motivado. Não dá para cortar de forma absurda o salário do trabalhador. Merecemos respeito. Queremos Justiça;, afirmou Marcão. Seguno ele, os servidores ameaçam não retornar ao trabalho até que tenham uma resposta do governo. Prometem, também, pressionar o Congresso Nacional a votar os Projetos de Lei (PLs 7.919/14 e 7.921/14) que elevam o valor das remunerações.

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